OIC: CNC participa de debate sobre revisão do AIC 2007

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O Conselho Nacional do Café (CNC) participou da 127ª Sessão do Conselho Internacional do Café e das demais reuniões realizadas pela Organização Internacional do Café (OIC), de forma virtual, na primeira quinzena de setembro.

Um dos temas debatidos nos encontros do colegiado, que reúne representantes de países produtores e importadores do mundo cafeeiro, foi a revisão do Acordo Internacional do Café de 2007 (AIC 2007).

Durante as discussões, as delegações internacionais apreciaram as sugestões apresentadas pelo Brasil, que foram elaboradas pelo CNC em conjunto com as demais entidades que representam o setor privado no Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) do país.

O documento sugere quatro eixos a serem trabalhados para o aprimoramento da OIC: (i) aperfeiçoamento da governança e da gestão de processos; (ii) estatísticas e inteligência de negócios; (iii) negociações comerciais; e (iv) promoção do consumo global do café.

“As propostas objetivam a modernização dessas quatro áreas para que as reuniões da Organização tenham mais dinamismo e sejam gerados produtos tangíveis e de interesse do setor privado do café”, comenta o presidente do CNC, Silas Brasileiro.

Conforme ele, o documento foi recebido com muito interesse pelos demais países, principalmente em relação às proposições sobre aprimoramento das estatísticas e promoção do consumo.

“Nos últimos anos, o CNC tem consistentemente defendido mais foco de atuação pela OIC nessas duas áreas. A existência de um sistema atualizado, crível e transparente de estatísticas é ferramenta fundamental para a formulação de políticas que visem a prevenir e mitigar os impactos do desequilíbrio de mercado, preservando a renda dos cafeicultores”, avalia Brasileiro.

Em relação à promoção do consumo, o Brasil sugere que a Organização atue mais ativamente, coordenando campanhas e gerando publicidade para o café, constituindo um fundo específico para este fim.

“A promoção permanente do consumo de café, principalmente nos países produtores e mercados emergentes, é fundamental para o equilíbrio entre oferta e demanda e a consequente formação de preços remuneradores aos cafeicultores de todos os países produtores”, reforça.

O presidente do CNC informa que outro ponto relevante do documento apresentado pelo Brasil foi a solicitação da prorrogação por um ano da vigência do atual AIC 2007, que expiraria em fevereiro de 2021.

“Diante dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, da complexidade dos temas em avaliação – a exemplo da incorporação do setor privado à OIC – e das dificuldades financeiras da Organização, a decisão do Conselho Internacional do Café de prorrogar a vigência do AIC 2007 por um ano foi correta, pois é necessário mais tempo para amadurecerem as discussões em andamento”, conclui Brasileiro.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNC