OIC atribui preço do café ao excesso de capacidade produtiva

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O diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva, atribuiu nesta segunda-feira o baixo preço internacional do grão ao excesso de capacidade produtiva.

Robério e representantes dos 73 países-membros da OIC se reúnem de hoje a quinta-feira em Belo Horizonte para um encontro da entidade no qual vão analisar a situação do setor.

"Esperamos que da reunião saiam medidas concretas para ajudar o mercado (do café) a compreender melhor a situação atual de estoques, preços, consumo e exportação", disse à Agência Efe o brasileiro, que está à frente da organização desde setembro de 2011.

Durante o ato de abertura, o diretor-executivo da OIC mostrou sua preocupação com os "preços baixos" do café devido, segundo sua opinião, ao "excesso de capacidade produtiva", mas disse que o mercado mundial do grão se caracteriza por um "alto grau de volatilidade e por imperfeições e assimetrias".

Neste sentido, Silva transferiu o compromisso "prioritário" da organização cafeteira para controlar a volatilidade dos preços e evitar que se formem as condições de uma nova crise do café.

Por sua vez, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, que estava presente no ato de abertura do evento, assegurou aos jornalistas que o Brasil estuda a possibilidade de permitir importações de café de outros países, como a Colômbia, para melhorar suas misturas.

As reuniões, que começaram hoje, serão a portas fechadas, e a OIC, que celebra seus 50 anos de existência, anunciou que oferecerá um balanço sobre seu desenvolvimento na próxima quinta-feira em entrevista coletiva.

O ato de abertura foi marcado pelo protesto de um pequeno grupo de manifestantes do Sindicato Nacional de Fiscais Federais Agropecuários, que reivindicavam ao ministro da Agricultura, Antonio Andrade, também presente no ato inaugural, que a fiscalização da produção cafeteira do país se baseie em aspectos técnicos, e não "políticos".

Segundo afirmou à Efe Carlos Castro, um membro do sindicato, deixar de realizar uma fiscalização técnica dos cultivos representaria "um risco para os campos de café, para sua produção, sua qualidade e sua exportação".

Fonte: Agência EFE

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