OIC aprova candidatos que concorrerão à diretoria-executiva; entre eles, uma brasileira

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Numa rápida reunião, a Organização Internacional do Café (OIC) aprovou os indicados pelos países-membros para concorrerem à diretoria executiva da entidade que tem sede em Londres, segundo participantes do encontro. Brasil, Vietnã e Congo sugeriram profissionais que avaliam serem fortes para disputar a eleição em abril de 2022. Até lá, cada concorrente tentará convencer o maior número de membros da instituição de que seu nome é a escolha certa a ser feita.

Na próxima reunião da Organização, marcada para 1º de setembro, os países membros começarão a emitir seus pareceres sobre a experiência e conveniência de cada candidato. O Brasil é visto mais uma vez como favorito a ocupar a vaga, mas o embaixador Marco Farani, da Representação Permanente do Brasil junto às Organizações Internacionais (Rebraslon), em Londres, salientou ontem ao Broadcast que o desfecho das campanhas pode ser incerto.

Concorre pelo Brasil Vanusia Nogueira, diretora-executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). O País é o maior produtor e exportador mundial de café e o segundo maior consumidor, o que, teoricamente, aumenta as chances de um candidato doméstico continuar no comando da instituição. O que pode pesar contra o País, segundo Farani, é justamente o fato de a OIC ter sido comandada por brasileiros na maior parte do tempo.

Atualmente, o diretor-executivo da instituição é José Sette e apenas em duas ocasiões, o Brasil não esteve na liderança da entidade: em 1968, quando o inglês Cyril Spencer assumiu o cargo temporariamente e de março de 2002 a outubro de 2010, quando o colombiano Néstor Osorio Londoño gerenciou a entidade.

O Vietnã também é visto como forte candidato, já que é o segundo maior exportador de café, ainda que venda para o mundo um volume de aproximadamente metade do que o Brasil comercializa com o exterior. Concorre pelo país asiático Tram Kim Long. O Congo, por enquanto, é visto como uma zebra. O candidato do país africano é Joseph Antoine Kasonga Mukuta.

Desta vez, nenhuma nação importadora decidiu concorrer. Na edição de 2017, que Sette, Suíça e Rússia tentaram emplacar um candidato, mas o brasileiro acabou vencendo o pleito, disputando a vaga com mais sete candidatos. A Organização reúne praticamente todos os produtores de café do mundo e 80% dos países consumidores.

Fonte: Broadcast Agro (Por Célia Froufe)