Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café divulga nova edição da revista Coffee Science

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A publicação, editada pela Universidade Federal de Lavras – Ufla, divulga trimestralmente os avanços da pesquisa cafeeira alcançados por instituições consorciadas e está disponível no Observatório do Café

 

A Coffee Science, revista técnico-científica especializada em cafeicultura, lança mais uma edição (volume 10, número 4, 2015). A publicação é uma iniciativa do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, em parceria com a Universidade Federal de Lavras – Ufla e tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da pesquisa e da cultura do café no Brasil. Trimestralmente, contempla artigos originais completos com tradução para o inglês e está disponível no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, e no site da revista Coffee Science.

Um dos artigos desta edição é o "Levantamento de emissão de gases efeito estufa pela metodologia carbono equivalente na cultura do cafeeiro". Foram identificadas, inventariadas e quantificadas as principais fontes emissoras de Gases de Efeito Estufa – GEE na cultura do café, no sul de Minas Gerais, e convertidas em carbono equivalente (CO2eq), por hectare. Concluiu-se que o emprego da adubação nitrogenada e o uso de corretivos são as fontes que mais contribuem para as emissões de carbono, sendo seguidas pelo consumo de óleo diesel.

A Coffee Science também traz estudo sobre "Alterações na coloração de grãos de café submetidos a diferentes métodos de processamento e armazenamento". Trabalhos têm sido realizados para investigar a relação entre a cor dos grãos de café e a qualidade da bebida. Percebeu-se que alterações da cor em grãos crus de café são fortes indícios da ocorrência de processos oxidativos e transformações bioquímicas enzimáticas naturais que podem alterar a composição dos responsáveis pelo sabor e aroma do café, resultando em redução da qualidade. Chegou-se à conclusão de que a intensidade das cores verde e azul e a luminância dos grãos de café são afetadas pelos métodos e condições de armazenamento aos quais foram submetidos. Cafés despolpados, por exemplo, apresentam coloração verde mais intensa, em comparação aos cafés naturais.

A revista também traz estudo sobre "Desenvolvimento de cenários utilizando um sistema de apoio à decisão para análise de custos da fase de pós-colheita do café". A produção de café com qualidade é hoje o grande desafio do cafeicultor devido ao elevado custo de produção, sendo necessária a racionalização das operações de processamento, que devem ser adequadas a cada etapa de produção. A manutenção da qualidade do produto, fato que garantirá bons preços de venda, está diretamente relacionada às técnicas e sistemas adotados no pré-processamento e nas operações de secagem e armazenagem. Objetivou-se, neste trabalho, detalhar a proposta de processamentos alternativos mais rentáveis. Quarenta e seis fazendas das regiões do Cerrado, Matas de Minas e Sul de Minas Gerais responderam a um questionário elaborado para possibilitar essa análise. Ao empregar o sistema de apoio à decisão para o cálculo do custo da pós-colheita do café, ficou constatado que as 21 fazendas, com processamento original via seca, ganhariam entre R$ 26,5780 e R$ 35,9039 por saca de café produzido, caso optassem pelo processamento alternativo via úmida. Já as 25 fazendas com processamento original via úmida perderiam entre R$ 1,28291 e R$ 7,26029 por saca de café produzido, caso optassem pelo processamento alternativo via seca.

Outra pesquisa divulgada nessa edição da Coffee Science refere-se à "Influência das condições climáticas na produtividade e qualidade do cafeeiro produzido na região do Sul de Minas Gerais". O café é um dos principais produtos de exportação brasileira e poucos trabalhos relacionam a influência climática com produtividade e qualidade do cafeeiro. Nesse trabalho, foi avaliado os parâmetros climáticos que mais influenciam a produtividade e a qualidade do café arábica produzido em lavouras com e sem irrigação de diversas idades na região do sul de Minas Gerais. Os tratamentos corresponderam à combinação das idades das lavouras (2, 3 e 8 anos) e a suplementação hídrica (com e sem irrigação), totalizando 6 tratamentos. O experimento foi conduzido em 2014, em Muzambinho, Minas Gerais. As condições climáticas nesse ano foram atípicas para a região. A lavoura cafeeira, em condições de sequeiro, com 2 anos, demonstrou maior quantidade de defeitos e frutos bóias e menor densidade e rendimento dos grãos. O déficit hídrico e a temperatura do ar foram os elementos meteorológicos com mais influência na produtividade do cafeeiro. Chegou-se à conclusão que as condições climáticas atípicas não alteraram a qualidade da bebida e as características granulométricas dos grãos de café, nos diferentes tratamentos realizados.

Também é tema da publicação as "Épocas de plantio e polímero hidrorretentor no crescimento inicial do cafeeiro". O objetivo do estudo foi verificar o efeito da época de plantio do cafeeiro sem irrigação com a utilização do polímero hidrorretentor no crescimento inicial das plantas. Os tratamentos foram compostos por seis épocas de plantio: outubro, novembro, dezembro de 2012, janeiro, fevereiro e março de 2013, além de presença e ausência de polímero hidrorretentor aplicado na cova de plantio. Foram realizadas duas avaliações: em julho de 2013 e janeiro de 2014. Avaliou-se o crescimento das plantas e a mortalidade em campo, em função da época de plantio e da utilização do polímero hidrorretentor como condicionador de solo. Observou-se maior crescimento das plantas levadas ao campo, no início do período chuvoso, em relação às demais épocas, evidenciando que a época de plantio é determinante nesse período de formação para o crescimento e uma possível antecipação de produção em anos posteriores. O uso do polímero foi importante para a diminuição da mortalidade das plantas, no final do período chuvoso.

Outra novidade é o estudo sobre "Composição química elementar da madeira e do carvão vegetal de Coffea arabica para uso bioenergético", a respeito do qual há carência de bibliografia, segundo os autores do artigo. No entanto, no Brasil existem 5,6 bilhões de pés de café em uma área 2,3 milhões de hectares gerando resíduos, como casca do fruto e madeira, que apresentam potencial como combustíveis renováveis. Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial bioenergético da madeira e do carvão vegetal de Coffea arabica de três sistemas de cultivo (orgânico, natural agroflorestal e convencional) e duas cultivares (Catuaí e Mundo Novo), por meio da análise química elementar. As carbonizações foram realizadas em um forno elétrico (mufla) com temperatura final de 450°C. O uso bioenergético da madeira de Coffea arabica e do carvão vegetal dela proveniente se mostrou satisfatório com base nas inferências realizadas a partir da composição química elementar desses combustíveis. De maneira geral, os sistemas de cultivo e as cultivares influenciaram pouco nos teores de carbono, hidrogênio, oxigênio e enxofre da madeira e do carvão vegetal, bem como nas relações N/C, H/C e O/C.

Esta edição também reúne os seguintes artigos: "Variabilidade espacial da produtividade e do estado nutricional do cafeeiro Canephora", "Sistema antioxidante de mudas de cafeeiro submetidas ao excesso de água", "Qualidade do recolhimento do café", "Seleção de clones de café robusta com potencial produtivo para a zona da mata mineira", "Meloidogyne paranaenses e Meloidogyne exigua em lavouras cafeeiras da região de Sul de Minas", "Respostas fisiológicas de cafeeiro em crescimento vegetativo inicial a cloreto de mepiquat e disponibilidade hídrica", "Volume de pulverização reduzido para controle de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae) em plantas de café", "Cobre via foliar na nutrição e na produção de mudas de cafeeiro" e "Eficácia do enxofre via solo no controle da cigarra Quesada gigas (Olivier) em cafeeiro.

Revista Coffee Science: avanços e consolidação – A Coffee Science é publicada trimestralmente na versão impressa e eletrônica contendo artigos originais completos da comunidade científica nacional e internacional, visando promover o desenvolvimento da cafeicultura nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciência dos Alimentos e Ciências Sociais Aplicadas, entre outras. É indexada ao AGRIS-FAO (International Information System for the Agricultural Sciencesand Technology), AGROBASE-IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), Latindex (Sistema Regional de Informaciónen Línea para Revistas Científicas de América Latina, Caribe, España y Portugal), CAB Abstracts (CABI – Common wealth Agricultural Bureaux International), Scientific Commons (University of St. Gallen – Switzerland), Scopus-Elsevier, Periódicos Capes, Agricola (USDA – National Agricultural Library) e na Wageningen UR Digital Library.

Observatório do Café – Divulga, além da Revista Coffee Science, publicações das instituições integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café contendo dados, análises e informações sobre: Resumo das Exportações Brasileiras de Café, do CeCafé, Levantamento da Safra de Café, Informe Estatístico do Café e Valor Bruto da Produção, do Mapa, Relatório Internacional de Tendências do Café, do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, portfólio de tecnologias desenvolvidas pelo Consórciopublicações técnicas e dados completos sobre Safras e EstoquesConsumos e TendênciasEstatísticas, Cotações e AnálisesClipping mensal de notícias veiculadas na mídiaImagensVídeos e ÁudiosRede Social do CaféPublicações Técnicas e Relatórios de Atividades; e Sistema Brasileiro de Informação do Café – SBICafé, entre outros.

Para saber mais sobre o Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café, a revista Coffee Science e o Observatório do Café, acesse:

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/

https://www.embrapa.br/cafe

http://www.coffeescience.ufla.br/index.php/Coffeescience

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/consorcio/separador2/observatorio-do-cafe

 

 

 

Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Café

Telefone: 61 3448-4010

Clarissa Ratton (MTb 9673/DF)
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Mais informações sobre o tema
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