“O país que mais cresce em participação nos blends internacionais”, diz Bertone

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A produção brasileira de café este ano é estimada entre 41,8 milhões e 44,7 milhões de sacas, conforme a primeira estimativa da safra 2011 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada hoje.

O levantamento, com 2.750 questionários aplicados, foi realizado entre 8 de novembro e 17 de dezembro de 2010.

Como média, a Conab indica que a produção total será de 43,3 milhões de sacas. Desse total, serão 32,06 milhões de sacas de café arábica e 11,24 milhões, de robusta (ou conilon). A produção será menor que a de 2010, quando foi atingida a marca de 48,09 milhões de sacas.

Mas a redução já era esperada, pois o café é uma cultura com ciclo de bianualidade, ou seja, apresenta alta produção em um ano e queda no ano seguinte, e assim sucessivamente. E 2011 tem anualidade "negativa", explica o secretário de Produção e Agroenergia do Mapa, Manoel Bertone, que apresentou hoje a estimativa de safra do café.

Mas, considerando-se tal característica, 2011 será recorde entre os anos de produção mais baixa. Em 2009, por exemplo, a produção nacional atingiu 39,47 milhões de sacas. Segundo Bertone, o cenário internacional de preços e as condições de cultivo são fatores positivos para o produtor.

"Os problemas na cafeicultura se referem mais a prejuízos de anos anteriores", diz o secretário. Otimista, ele declara que o Brasil "é o país que mais cresce em participação nos blends internacionais" e que "tem condições de consolidar o espaço que tinha há 30, 40 anos atrás".

Os bons resultados na cafeicultura começaram a ser percebidos desde o ano passado, com a alta dos preços de negociação. Segundo o secretário, entre março e dezembro o consumo interno somou 12 milhões de sacas e as exportações atingiram 23,3 milhões de sacas, gerando uma movimentação de 35,3 milhões de sacas de café.

"A performance de 2010 foi uma das melhores em termos de renda para o produtor", avalia Bertone. Com mais renda, o cafeicultor investiu em tratos culturais, o que explica a leve redução do parque cafeeiro em produção. A área na atual safra é de 2,057 milhões de hectares, frente 2,076 milhões de hectares, em 2010, ou seja, retração de 0,9%.

"Houve melhores condições para realizar a poda e outros tratos culturais, o que é um procedimento salutar e que favorece produções futuras", explicou Bertone. Ou seja, houve uma retração momentânea do parque cafeeiro, para posterior retomada da produção.

Fonte: AgnoCafe

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