Na pós-colheita, curso na região orienta aplicadores

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A Regional do Senar Minas (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) em Passos espera atender uma grande demanda de cursos gratuitos de “Aplicação de Agrotóxicos” na região Sul e Sudoeste de Minas, que inicia, a partir deste mês, a fase de pré e pós-florada nas lavouras de café.

Neste período de pós-colheita, produtores utilizam os defensivos agrícolas para frear doenças e pragas do cafeeiro, como bicho mineiro, ferrugem e broca.

O treinamento do Senar treina e atualiza trabalhadores com técnicas e práticas adequadas de aplicação de agrotóxicos, bem como seleciona os equipamentos mais adequados, dosagem correta de produtos e incentiva uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) para reduzir acidentes.

Nos municípios, os cursos são realizados por meio das entidades cooperadas, como Sindicatos dos Produtores Rurais, cooperativas e associações.

Para este mês, foram agendados 10 cursos em cidades produtoras de café atendidas principalmente pela Cooparaiso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso) e Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé).

O educador cooperativista da Cooparaiso, Ilson José Aparecido, informou que a demanda cresce muito nesse período, pois os defensivos são usados no melhor aproveitamento da florada para reduzir bactérias, ácaros e fungos que causam pragas e doenças. Com a prevenção, garante-se maior de contenção de frutos.

Até setembro, a Cooparaiso já realizou quatro cursos de Aplicação de Agrotóxicos – o mesmo número durante todo ano passado – e já estão agendados mais cinco até o final de 2013.

“Os cursos do Senar formam aplicadores mais conscientes e que usam o defensivo na dose correta, com equipamento mais adequado no momento exato da necessidade de cada lavoura e com segurança ao trabalhador. Para o produtor, reduz custos e diminui a aplicação dos defensivos com maior controle de pragas e doenças”, afirmou Ilson.

Ele ressaltou que muitos produtores já não contratam trabalhadores sem o curso de Aplicação de Agrotóxicos. “Este é o momento de maior custo para os produtores, pois um erro acarreta novas aplicações e mais investimentos. Com o treinamento do Senar, o aplicador consegue interpretar o receituário agronômico de forma mais coerente, usando um tipo de produto de baixa toxicidade e garantindo risco zero de acidentes”, considerou o educador cooperativista.

Ilson lembrou que uma boa formação na aplicação dos agrotóxicos implica até no consumo de uma boa xícara de café. “O consumidor tem garantia de tomar um café com menos defensivo possível, um produto de melhor qualidade degustativa e com maiores benefícios para a saúde”, disse.

O coordenador de desenvolvimento técnico da Cooxupé, Mário Ferraz de Araújo, também vê que a capacitação dos aplicadores de agrotóxicos interfere até na saúde alimentar. Ele prevê um grande número desse curso realizado pelo convênio Senar/Cooxupé.

“Esses treinamentos são uma necessidade do cafeicultor, sobretudo porque a legislação exige, e agregam valor ao produto. Nesta fase de pós-colheita, os produtores começam a pulverização para proteção da lavoura e os benefícios são grandes, como a segurança alimentar para não deixar resíduos de defensivos no café”, explicou Ferraz.

Para ele, o curso do Senar é bem atualizado e garante muitos benefícios para os cafeicultores.

“Quando bem aplicado, o defensivo considera a dosagem correta e evita reaplicação e excesso de agrotóxicos. Este treinamento do Senar atende bem o pequeno ou grande produtor, pois é adaptado para a realidade da nossa região. A necessidade de treinar aplicadores capacitados é grande já que há muita rotatividade no meio rural”, lembrou Ferraz.

Fonte: Folha da Manhã

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