Ministra Kátia Abreu assume compromisso de agilizar a liberação de recursos do Funcafé

Imprimir



BALANÇO SEMANAL — 22 a 26/02/2016


 
— Ministra Kátia Abreu assume compromisso de agilizar a liberação dos recursos do Funcafé em 2016



RECURSOS DO FUNCAFÉ — Na terça-feira, 23 de fevereiro, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, mencionou que a Pasta irá antecipar, neste ano, a liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para as linhas de crédito destinadas ao financiamento da atividade, assim como para o Programa de Pesquisa do Café e de Capacitação de Produtores e Técnicos. O anúncio, que consta no cronograma de metas para 2016 do Mapa, foi feito em reunião realizada na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e, no dia seguinte, reiterado às lideranças que compõem o Fórum das Entidades Representativas do Agronegócio do Brasil (FERAB), no qual o CNC é representado pelo presidente executivo Silas Brasileiro.

O Conselho Nacional do Café enaltece e espera que a iniciativa, sempre defendida pelo setor, seja concretizada, o que permitirá que todos os elos da cadeia produtiva tenham acesso aos recursos em tempo hábil, possibilitando um melhor equilíbrio mercadológico e, principalmente, não obrigando os produtores a venderem a preços aviltados, na época da colheita, para honrarem seus compromissos, e também não possibilitando preços supervalorizados que atrapalhem o fluxo de indústrias e exportadores.

Recordamos, ainda, que, se confirmada, essa é mais uma conquista dos trabalhos que o CNC desempenha em prol do setor, haja vista que, em 3 de fevereiro, realizamos audiência com Kátia Abreu para discutirmos, entre outras matérias, a necessidade de disponibilização imediata, antes do lançamento do Plano de Safra, dos recursos destinados para as linhas de crédito do Funcafé em 2016. Essa demanda foi formalizada através de ofício conjunto entre Conselho Nacional do Café e CNA enviado à ministra, no dia 4 deste mês, ratificando a necessidade de acesso aos recursos do Funcafé pelos produtores rurais e suas cooperativas em tempo hábil para efetuar a colheita que se aproxima, bem como para promover o ordenamento da oferta da próxima temporada.

No documento, alertamos à ministra da Agricultura que é fundamental que os recursos do Funcafé sejam disponibilizados de imediato para que o Fundo possa cumprir suas funções principais, que são a capitalização dos produtores e suas cooperativas para a colheita, atividade onerosa devido à necessidade de contratação de mão de obra, com pagamento semanal, e o financiamento da estocagem, evitando excesso de oferta de café no mercado entre os meses de abril e julho e, consequentemente, o aviltamento da renda dos produtores.

MERCADOS PRIORITÁRIOS — Na segunda semana de janeiro, o Conselho Nacional do Café encaminhou, a seus associados, uma planilha elaborada e enviada a nós pela Secretaria de Relações Internacionais do Mapa, a qual possui o intuito de definir os mercados prioritários para a cafeicultura brasileira.

Após o retorno das cooperativas e associações, a assessoria técnica do CNC compilou as informações e enviou ao Ministério da Agricultura, contribuindo para a definição da lista dos mercados prioritários constantes no documento “Abertura e ampliação de mercados para produtos do agronegócio: metas 2016”, que foi exposto pela ministra Kátia Abreu na reunião da FPA e, no dia 24, apresentado ao colegiado do FERAB, em reunião realizada na sede do Mapa.

Com informações como para quais países o associado possui interesse em exportar (conquistar novo país de destino ou ampliar volumes vendidos para um que já exporta); qual os graus de atenção (alto, médio ou baixo) desses mercados; se já foi realizado contato e se foi identificada alguma dificuldade para concretizar a exportação; detalhamento da situação que o mercado alvo se encontra para o café brasileiro (aberto, suspenso, fechado – em negociação ou fechado – negociação não iniciada); e a sinalização do potencial de negócios nesses mercados (volume e receita) em 2016, foi traçado o mapa de prioridades para o café brasileiro em 2016.

Dos 22 mercados prioritários elencados pela Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, com alto potencial para o agronegócio brasileiro, a cafeicultura nacional está incluída em 12 dessas nações: Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul, Índia, Arábia Saudita, Malásia, Egito, Austrália, Turquia, Tailândia, Cingapura e Venezuela.

O CNC entende que o fortalecimento e a ampliação do market share do Brasil no mercado internacional é fundamental para a garantia de renda da cafeicultura nacional. Por isso, enaltecemos essa iniciativa do Mapa voltada a todo o agronegócio brasileiro, a qual entendemos que será de grande valia para alcançar os objetivos traçados pela Pasta, que envolvem: (i) manter o ritmo de negociações sanitárias e fitossanitárias para a abertura e ampliação de mercados. (ii) iniciar negociações comerciais com grandes mercados para reduzir barreiras tarifárias; (iii) agregar valor ao agronegócio através de certificações de produtos diferenciados; (iv) ter atuação mais forte no combate às práticas desleais e barreiras técnicas ao comércio; (v) agir em parceria com a Apex-Brasil para a promoção comercial, atração de investimentos e estudos de inteligência comercial; e (vi) ampliar a força do Ministério no exterior, incrementando a atuação dos adidos agrícolas.

MERCADO — Os futuros do café acumularam discreta queda nesta semana, apesar do pico de valorização registrado na segunda-feira. Movimentos técnicos e a influência das incertezas que pairam no mercado financeiro internacional motivaram essa tendência.

Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,95, acumulando queda de 1,8% em relação ao fechamento da última sexta-feira, acompanhando o movimento internacional.

Na ICE Futures US, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,1615 por libra-peso, com queda de 40 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento maio do contrato futuro do robusta, negociado na  ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.368 por tonelada, com desvalorização de US$ 49 na comparação com a sexta passada.

No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 485,61/saca e a R$ 374,45/saca, respectivamente, com variação de -1,2% e -6,2% em relação ao fechamento da semana anterior. A comercialização foi fraca devido aos preços aquém das expectativas dos vendedores.

Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

p1

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *