Mercado em NY pode tentar avançar novamente acima de 180 cents

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O mercado futuro de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) perdeu força ontem e acabou encerrando apenas com leve alta, depois de dois pregões de fortes ganhos. O comportamento do dólar em relação ao real e as previsões climáticas para as regiões produtoras brasileiras são alguns dos fatores que movimentam o mercado.

A falta de chuva nos próximos dias em Minas Gerais, principal Estado produtor brasileiro de café, teria sustentado ganhos em Nova York. Segundo a Climatempo, até domingo (11), áreas entre sul, Zona da Mata e Triângulo Mineiro receberão chuva mais frequente, porém, com acumulados de apenas 30 mm. “Entre os dias 12 e 16 de janeiro, a chuva diminui ainda mais”, prevê a meteorologia.

Entre os dias 17 e 21 de janeiro, não há previsão de chuva acima de 10 mm no Estado. “A irregularidade da chuva nos próximos dias e a baixa disponibilidade de água no solo podem prejudicar o desenvolvimento do cafezal”, observa a Climatempo.

Em contrapartida, o fortalecimento do dólar em relação ao real é fator de pressão negativa para as commodities cotadas na moeda norte-americana, em geral. Ontem o dólar oscilou nos dois lados, mas acabou recuando, favorecendo os mercados.

A partir de hoje, e nos próximos cinco pregões consecutivos, as atenções vão estar voltadas para o comportamento dos fundos de índice. Como em todo início de ano, esses participantes vão promover um rebalanceamento de suas posições. A expectativa é de que nos próximos cinco pregões os fundos de índice liquidem cerca de 20 mil lotes comprados em café.

Pelos indicadores gráficos, os futuros de arábica romperam a resistência a 180 cents, mas devolveram ganhos, indicando indefinição de tendência. Outra resistência é de 185 cents. O suporte é de 174 cents, 166 cents e 160 cents.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam no terreno positivo na maior parte da sessão de ontem. Março/15 subiu 0,09% (15 pontos), a 175,05 cents por libra-peso. A máxima foi de 182,85 cents (mais 795 pontos). A mínima alcançou 173 cents (menos 190 pontos).

O mercado físico brasileiro continua com alguns negócios, mas vendedores elevam os preços sugeridos, dificultando as vendas, informa corretor de Santos (SP). Os melhores cafés, tipo 6, têm pedido de vendedor a R$ 510 a saca. O comprador, no entanto, oferece R$ 500 pela saca do produto. Cafés de boa qualidade, da safra passada, foram cotados R$ 480 a saca. Cafés mais fracos valem R$ 425/R$ 415 a saca. Café bebida foi cotado a R$ 320/R$ 330 a saca.

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam que as cotações do arábica no mercado físico brasileiro voltaram a subir nos últimos dias. Somente nesta semana, o indicador café arábica Cepea/Esalq, tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, já subiu 5%. Essa alta expressiva reflete as previsões de clima menos favorável à cultura e a volta de agentes ao mercado após o recesso de fim de ano, avalia o Cepea.

O indicador fechou ontem a R$ 472,96/saca de 60 kg, avanço de 0,79% em relação ao dia anterior. O dólar fechou a R$ 2,707, valorização de 0,33% no mesmo período.

O indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 281,66/saca de 60 kg, avanço de 1,7% em relação ao dia anterior. O tipo 7/8, bica corrida, fechou a R$ 272,36/saca, aumento de 1,8% na mesma comparação – ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.

Fonte : Agência Estado via Café da Terra

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