Mercado do café conilon

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Mais de 80% da safra de café conilon já foi colhida no Espírito Santo. Este ano, a produção está menor. Para piorar, o preço da saca continua baixo.

Na propriedade em Marilândia, no noroeste do Estado, foram plantados 60 mil pés. Mas este ano a expectativa é colher mil sacas. Serão 300 a menos que no ano passado.

Mesmo com irrigação, os produtores tiveram muitos problemas por causa do calor excessivo. Em um dos pés, por exemplo, os grãos quase não se formaram.

“Deu muito sol. Mesmo irrigando durante o dia e a noite evaporava muita água. Aí deu má formação dos grãos e o pé de café ficou vazio”, falou o agricultor Gustavo Falqueto.

Na propriedade do agricultor Robson Passamani a propriedade também decepcionou. O grão está menor. Perdeu a qualidade. O produtor já começou a secar e filar o café, mas preferiu fazer a estocagem do produto até que o preço volte a subir.

“Só vou vender se precisar para pagar o banco ou alguma pendência. Caso contrário, tem de segurar. Quem sabe se no futuro sobe”, disse Passamani.

A saca do conilon foi vendida na segunda-feira, dia 29, em São Gabriel da Palha por R$ 159. Isso significa uma queda de 10% em relação ao preço de um ano atrás.

Os corretores dizem que a exportação não é interessante no momento porque o mercado externo tem grande oferta do produto do Vietnã e da Indonésia.

“Se tivesse algum canal de exportação que pagasse um preço um pouco melhor talvez pudesse puxar um pouco mais. Por enquanto, a gente está vendendo só no mercado interno. E a oferta que tem de café hoje é maior do que a demanda. Então, sempre sobra um pouquinho. O torrador fica procurando comprar um pouco mais barato e tem conseguido”, explicou Ademar Nichio, exportador de café.

Fonte: Globo Rural

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