Mercado cafeeiro iniciou a semana com grande volatilidade

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O mercado cafeeiro iniciou a semana com grande volatilidade, em N.Y. a posição setembro registrou máxima de + 5,20 pontos e mínima de -4,25 fechando com -3,80 pts. Compras de fundos e especuladores baseando-se em noticias sobre os estoques do grão arábica certificados pela bolsa de Nova York, estão recuando cada vez mais, impulsionaram as cotações pela manhã, porém um forte movimento de realizações de lucros reverteram o quadro.

O dólar caiu 0,23% hoje e fechou cotado a R$ 1,7510. Investidores se mostraram com forte disposição para abraçar o risco, depois dos estresses recentes, já que tanto os balanços corporativos como parte dos indicadores ajudam a afugentar o risco de duplo mergulho na recessão. No Brasil, a moeda abriu o dia rompendo o piso psicológico de R$ 1,75, mas o temor de uma ação mais agressiva do Banco Central falou mais alto e a cotação mais baixa não se sustentou.

Nos Estados Unidos, dois indicadores contribuíram para acalmar os temores recentes dos investidores e a dar suporte à tese do crescimento constante, ainda que moderado. O índice dos gerentes de compras sobre a atividade do setor industrial, elaborado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), que caiu em julho, e os gastos com construção, que subiram inesperadamente em junho na comparação com maio, puxados por projetos de infraestrutura financiados pelo governo federal.

Na Europa, o índice dos gerentes de compra (PMI) de atividade industrial da zona do euro subiu, registrando o maior nível em três meses. E o dia ainda teve bons resultados trimestrais do HSBC, maior banco europeu, e do BNP Paribas, maior instituição financeira da França. Perto das 16h40, o euro, que mais cedo chegou à máxima em três meses, a US$ 1,3194, era negociado a US$ 1,3176, de US$ 1,3053 sexta-feira no final da tarde em Nova York. Já o dólar tinha ligeira alta sobre a divisa japonesa, para 86,49 ienes, de 86,41 ienes sexta à tarde em NY. No mercado local, a balança comercial brasileira fechou o mês de julho com um superávit de US$ 1,358 bilhão, 53,34% inferior ao verificado em julho do ano passado.

O Brasil exportou 2,203 milhões de sacas de café no mês de julho, 14,7% mais que as 1,920 milhão de sacas embarcadas em junho. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e consideram 22 dias úteis. Na comparação com julho de 2009 também houve crescimento. Naquele mês as exportações de café somaram 1,934 milhão de sacas. O preço médio do café exportado também subiu. Em julho foi de US$ 163 a saca de 60 quilos, ante US$ 151,5/saca em junho e US$ 134/saca em julho do ano passado. Com isso, a receita obtida com as exportações de café no mês que passou foi de US$ 359,3 milhões, 23% maior que a de junho, quando as vendas somaram US$ 291 milhões. Em julho de 2009 a receita com a s exportações de café totalizou US$ 259,6 milhões.

As exportações de café da Índia entre janeiro e julho de 2010 subiram cerca de 53% frente ao mesmo intervalo do ano passado, atingindo 178.261 toneladas, impulsionadas pela melhora da produção e por uma demanda maior. Os embarques do tipo arábica saltaram 54% no período, para 35.131 toneladas, enquanto os do robusta cresceram 49%, para 97.650 toneladas, mostraram dados do Conselho de Café, divulgados nesta segunda-feira.

A Índia, terceiro maior produtor de café da Ásia, deve produzir 289.600 toneladas no ano-safra atual, acima das 262.300 toneladas apuradas um ano antes, informou o órgão estatal. As exportações de café do país somaram US$ 379,78 milhões nos sete primeiros meses de 2010, em comparação com US$ 259,39 milhões em igual per&i acute;odo do ano passado. A Índia exporta quase dois terços da produção principalmente para Europa, sendo que Alemanha, Itália, Rússia e Bélgica respondem por mais da metade da demanda. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Infocafé (informativo diário da Mellão Martini )

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