Mercado cafeeiro encerra operações de quarta-feira em campo negativo

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O mercado cafeeiro encerrou as operações desta quarta-feira em campo negativo, após devolver os ganhos do início da sessão. A continuidade das vendas técnicas juntamente com as condições favoráveis para a colheita brasileira pressionaram os futuros. Em N.Y. a posição setembro variou entre a máxima de +2,20 e mínima de -2,75 pontos, fechando com -1,25.

O dólar comercial finalizou o dia com alta de 0,62%, após a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, no Comitê Bancário do Senado. Bernanke afirmou que a perspectiva para a economia americana é "anormalmente incerta" e que ainda espera que os juros no país fiquem baixos por um período prolongado. Mas a parte do discurso que mais motivou a compra de dólares, segundo os profissionais, foi a de que o Fed está "preparado para tomar mais medidas se necessário". As atenções também estão voltadas para o segundo dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que mais tarde informará a taxa básica de juros para a economia brasileira.

Dados do Banco Central mostraram que o fluxo cambial permanece negativo, sinal de que a reabertura das captações externas este mês pode estar acontecendo em um ambiente de saída mais intensa de recursos e, por isso, não reverte o quadro. O País perdeu US$ 795 milhões na terceira semana de julho, entre os dias 12 e 16. Com esse saldo, o fluxo da moeda estrangeira acumula saída líquida de US$ 2,031 bilhões nas três primeiras semanas de julho. Na semana passada, a saída de recursos se concentrou no segmento financeiro, que registrou saldo negativo de US$ 1,167 bilhão. No acumulado do mês, o fluxo financeiro registra saída de US$ 1,829 bilhão.

As exportações de café robusta de Uganda nos nove primeiros meses da temporada 2009/10 caíram 21% em relação ao mesmo período do ano passado por causa de condições climáticas desfavoráveis, informou na última terça-feira a Autoridade de Desenvolvimento de Café de Uganda (UCDA, na sigla em inglês). Em um relatório, a UCDA afirmou que 1,46 milhão de sacas foram embarcadas entre outubro e junho, abaixo das 1,85 milhão de sacas registradas no mesmo intervalo de 2008/09. "As mudanças climáticas repentinas, caracterizadas por longos períodos de seca, nas áreas de cultivo do tipo robusta, bem como a doença da murcha do café, são responsáveis pelo declínio nos volumes", disse a autoridade.

O órgão revelou ainda que mais terras agrícolas na r egião central de Uganda, importante área produtora de grão robusta, também estão sendo perdidas devido ao processo de urbanização. Segundo dados da UCDA, as exportações de Uganda recuaram para 1,85 milhão de sacas em 2008/09 e 1,46 milhão de sacas neste ano-safra, ante 1,97 milhão de sacas em 2007/08. A produção ugandense deve alcançar 2,9 milhões de sacas em 2009/10, abaixo das 3,06 milhões de sacas produzidas na última temporada. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Revista Cafeicultura

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