Mais de 10 mil negócios vendem café na Colômbia

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O conhecimento e consumo de novas preparações, bem como o aumento na demanda de café, tem levado ao aumento no país do número de lojas especializadas. Somente Juan Valdez tem cerca de 250, mas estima-se que no país haja 10.900 estabelecimentos que oferecem o produto em alguma de suas apresentações.

Nesse cenário, do qual participam desde padarias de bairro até restaurantes gourmet, tem lugar uma concorrência que tem como objetivo atrair o maior número de clientes, especialmente jovens.

Recentemente, o programa Toma Café lançou sua estratégia para que os lojistas entrem no negócio comercializando a bebida preparada. Dessa forma, ocorreria maior participação das lojas de bairro que por si só são chave, pois através delas, distribui-se 60% do café consumido nas casas.

Porém, estima-se que no país há mais de 1.400 negócios especializados em café. Além do Juan Valdez, há marcas reconhecidas, como Oma, que tem cerca de 150 lojas; em Cali, está o Café Mulato, com mais de 8 pontos de vendas na cidade. Está também próximo de entrar nesse mercado a Starbucks, a maior cadeia de cafeterias do mundo.

Esses negócios especializados têm ajudado também que aumente a tendência de preparo da bebida em casa, mas em apresentações pouco tradicionais, como expresso ou cappuccino ao melhor estilo de um barista.

Desde que a marca Juan Valdez lançou o conceito de monodose (cápsulas de café), um nicho de consumidores antes inexistentes motivou empresas como Lavazza e Nestlé a fazer o seu próprio. “A cápsula resolve a limitação de consumir café na casa, que é de qualidade, pois não basta ter um bom café, é necessário prepará-lo bem e esse método padroniza o processo”, disse o gerente de mercado da Fedecafé, Luis Fernando Samper.

No mundo, essa tendência tem crescido a um ritmo de 26%, cinco vezes mais que toda a categoria. No caso do Juan Valdez, o negócio de cápsulas no ano passado aumentou em 16%. “A boa notícia é que as pessoas estão dispostas a pagar mais por um café melhor, de forma que o grão de alta qualidade tem campo para crescer”.

A entrada de novos membros no setor de lojas especializadas, o lançamento de métodos de preparo para fazer em casa e uma crescente oferta de cafés especiais eleva a consideração pela bebida. Esse fenômeno de nicho também impacta positivamente um mercado mais amplo, pois gera aspirações e interesse por aprender mais sobre a cultura do café no consumidor final”, disse Ana María Sierra, do programa Toma Café.

Entre janeiro e maio, a produção de café da Colômbia foi de 4,5 milhões de sacas de 60 quilos, segundo a Federação Nacional de Cafeicultores, 14% a mais que no mesmo período de 2013.

O mundo e a Colômbia passam por uma dinâmica renovada, muito além do café preto puro, o que beneficiará os produtores. Estima-se que enquanto a demanda total da bebida cresce em 2,7%, o nicho de cafés especiais e premium cresce a um ritmo de 10% ao ano e se reportam três anos contínuos crescendo a dois dígitos.

A reportagem é do http://www.elpais.com.co/ Tradução por Juliana Santin

CafePoint

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