Levantamento de Safras mostra altas no Brasil em reais em Setembro

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Os preços do café subiram em reais no Brasil no mês de setembro no comparativo com agosto, enquanto em dólares o comportamento foi misto. Levantamento de SAFRAS & Mercado aponta que as cotações em média subiram em reais entre 5,36% e 11,92% contra agosto. Em dólares, os preços ficaram de alta de 2,03% a baixa de 3,95% em média.

O arábica de bebida dura tipo 6 do Sul de Minas Gerais terminou setembro cotado em média a R$ 522,29 a saca de 60 quilos. Recuperou a linha de R$ 500,00 a saca e teve pico acima de R$ 530,00, acumulando alta de 10,9% em relação a agosto, quando trocava de mãos a R$ 470,96 a saca. Em divisa norte-americana esse mesmo café sofreu valorização bem menos expressiva, de 1,09%, com a saca da bebida negociada a US$ 297,57. A diferença entre a oscilação em moeda local e em dólar é atribuída ao câmbio, com o real fortemente desvalorizado em relação à divisa estrangeira, o que favoreceu o preço em moeda local,  comenta o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach. Ele observa ainda que a valorização do café sul-mineiro além do referencial externo mostra um descolamento positivo do mercado interno, que se justifica pela condução compassada dos negócios por parte do vendedor.

A bebida mais fina do Cerrado mineiro foi a que teve melhor desempenho, alcançando preço médio de R$ 533,62 a saca de 60 quilos em setembro, acumulando valorização de 11,92% em relação a agosto, quando foi negociada a R$ 476,78 a saca. Em divisa estrangeira, a valorização foi de apenas 2,03%, com fino do Cerrado em torno de US$ 304,02 a saca.

Já o café Rio tipo 7 da Zona da Mata de Minas Gerais subiu apenas 5,36% em , cotado a R$ 317,24 a saca em setembro. O aumento da oferta interna abortou o processo de valorização em relação a outras bebidas iniciado nos últimos meses. Em dólar, o Rio trocou de mãos a US$ 180,74 a saca, caindo 3,95% em comparação a US$ 188,18 a saca do mês anterior.

O arábica duro com 600 defeitos voltado ao consumo interno seguiu os cafés melhores destinados à exportação. Em setembro obteve média de R$ 343,10 a saca, alta de 9,45%. A demanda interna aquecida, por causa do inverno,  e oferta tímidas de exportadores explicam a valorização, diz Barabach

E, por fim, o conillon tipo 7 capixaba subiu 5,86%, encontrando suporte no dólar. A trajetória negativa do robusta em Londres limitou o avanço. O conillon tipo 7 fechou setembro a R$ 226,95 a saca. Em divisa estrangeira, foi vendido a US$ 129,30 a saca, baixa de 3,50%.

Fonte: Safras & Mercado

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