Leilão de café dos estoques oficiais negocia 70% da oferta

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O leilão de café arábica dos estoques oficiais realizado na quinta-feira (30/4) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou 28.365 sacas, que correspondem a 70,1% das 40.465 sacas ofertadas. Os compradores arremataram a totalidade dos lotes ofertados em Minas Gerais (23.965 sacas) e em Goiás (1.200 sacas). Das 15.300 sacas ofertadas no Espírito Santo houve interesse por 3.200 sacas (20,9%).

Os lotes foram arrematados pelos mesmos valores de abertura no Espírito Santo (R$ 304,92/saca) e em Goiás (R$ 367,03/saca). No caso dos lotes depositados em Minas Gerais houve ágio de 13,9% sobre o valor de abertura e o preço médio no fechamento ficou em R$ 390,87/saca. O maior preço (R$ 430,76/saca) foi pago pelo lote 82, depositado em Campos Altos (MG), com ágio de 22,99%.

O governo federal arrecadou R$ 10,788 milhões com a venda dos cafés dos estoques, que foram adquiridos por meio de leilões de opções de venda realizados nas safras 2002/2003, 2008/2009 e 2009/2010, quando os preços praticados no mercado estavam abaixo dos custos de produção da cafeicultura.

Por meio de nota, o Conselho Nacional do Café (CNC) informa que o leilão foi realizado desta vez após consulta à entidade. Vale lembrar que no final de março deste ano foi realizado o primeiro leilão, que não despertou interesse comprador por causa dos altos preços. Um segundo leilão, programado para o começo de abril, foi adiado a pedido do CNC. 

Ao destacar os entendimentos com o governo, o CNC diz na nota que “essa sinergia possibilitou o lançamento de preços de abertura condizentes com a realidade do mercado e, em especial, dos cafés que se encontram nos armazéns públicos, que, mesmo próprios para o consumo, são de safras antigas e estão desmerecidos”.

O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Nathan Herskowicz, elogiou a atitude do Ministério da Agricultura e da Conab de ter reduzido os preços de abertura do leilão de cafés dos estoques, que contribui para atender à indústria no cenário atual que sinaliza com oferta ajustada à demanda. Com os preços de abertura mais baixos, os lances feitos pelos compradores estabelecem quais valores refletem à realidade do mercado, diz ele.

Fonte: Revista Globo Rural (Venilson Ferreira)

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