La Niña ameaça safra de café da América Central e Colômbia, dizem analistas

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Os preços do café podem subir mais se o fenômeno climático La Niña pressionar ainda mais a já restrita oferta de café na América Central e na Colômbia, segundo analistas e organizações climáticas.

Nos últimos 12 meses, os preços do café saltaram 25% na bolsa ICE Futures US, em Nova York, puxados por alagamentos que atrapalharam o desenvolvimento da safra. O retorno do La Niña – um fenômeno climático periódico que aumenta a incidência de chuvas no oeste pacífico e que devastou produções agrícolas na Austrália, na América do Sul e nos Estados Unidos no ano passado – agora está ameaçando impulsionar novamente os preços. A Colômbia é o maior produtor mundial de café arábica de alta qualidade.

"O clima desfavorável resultou em uma queda na produção de café colombiana e é a maior razão por trás do atual cenário de preços elevados", comentou o analista Keith Flury, do Rabobank. "Se as condições climáticas continuarem reduzindo as expectativas sobre a safra 2011/12 da América Central e a safra colombiana de café, os preços podem facilmente se recuperar para as máximas de 2011", acrescentou.

O Serviço Climático Nacional dos Estados Unidos prevê que o La Niña vai se fortalecer gradualmente e permanecer até o próximo inverno. Os Serviços Climáticos Britânicos (BWS) compartilham dessa opinião. "Esperamos que o La Niña volte nos próximos meses, com ápice em janeiro, talvez um pouco mais fraco do que no ano passado, mas há boas evidência de um retorno pontual", disse o meteorologista Jim Dale, dos BWS. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

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