Instalação de nova fábrica da Nestlé no Brasil abre discussão sobre drawback

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A possibilidade da instalação da fábrica de cafés especiais da Nestlé no Brasil abre as discussões sobre um tema polêmico, o drawback do café. A empresa faria um investimento de 180 milhões de dólares e plantaria em solo brasileiro três mil pés de café de diversas variedades de outros países.

No entanto, o que mais desagrada os produtores brasileiros é que até o início da produção de cafés diferenciados(que compõem o blend da bebida produzida pela empresa)a Nestlé precisaria importar esses cafés especiais, realizando o chamado drawback: importação de um produto presente no País, o que não é autorizado no Brasil. Porém, o governo já trabalha a ideia de abrir uma exceção à multinacional.

O Presidente da Associação dos Sindicatos Rurais de Café e Leite (Sincal) , Armando Matielli, é contra a instalação da fábrica, caso o drawbak seja autorizado. “O valor de 180 milhões de dólares aplicados na fábrica é ínfimo perto da nossa produção. A cafeicultura é totalmente contra a importação de café de qualquer espécie porque nós produzimos hoje no Brasil mais de 200 espécies de cafés que são suficientes para supri qualquer tipo e qualidade desejada”.

Para Matielli, a empresa deve valorizar a cafeicultura do País com treinamentos e investimentos, mas não realizar o drawbak. Caso contrário, a instalação da empresa no México seria a melhor opção.

“Se a Nestlé quer produzir o café do jeito que ela exige, ela precisa dar assistência e gerar empregos para os trabalhadores rurais. Plantar café no Brasil é um ótimo negócio, importar café para o Brasil é um péssimo negócio”, disse o Presidente do Sincal em entrevista ao programa Mercado & Cia, apresentado por João Batista Olivi.

Fonte: Notícias Agrícolas

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