Inicia oferta de arábica da safra 10/11

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Em abril, lotes de café arábica da safra 2010/11 começaram a ser ofertados no mercado brasileiro. No início da colheita, os lotes tinham um alto percentual de catação, chegando a 50%, devido ao grande número de grãos verdes. No final de abril e início de maio, após a intensificação da colheita (ocorrida mais fortemente no início de maio), os lotes já tinham pouca catação (menos de 20%), chegando a ser negociados entre R$ 270,00 e R$ 280,00/sc. A boa qualidade dos grãos novos surpreendeu os que temiam a desuniformidade muito maior quanto ao ponto de maturação do arábica.

Corretores comentaram que os lotes disponibilizados em abril apresentavam boa bebida e aparência, além de menor quantidade de grãos verdes. A incidência de chuvas durante a colheita, porém, é decisiva para que a qualidade dos grãos se mantenha satisfatória. As previsões indicam tempo firme para os próximos meses, devendo ser favorável aos trabalhos de campo.

Já com relação ao arábica da safra 2009/10, a escassez de grãos finos tem limitado negócios. Outro fator que tem reduzido o volume de compras são os altos pedidos para esses cafés. Vendedores chegaram a pedir valores acima de R$ 300,00/sc,afastando muitos compradores do mercado, que davam ofertas de, no máximo, R$ 295,00/sc.

Apenas aqueles que mais precisavam ajustaram as ofertas. Além disso, com a maior oferta de grãos da safra 2010/11, a preferência de muitos compradores se voltou para os novos lotes, que apresentam preço mais baixo e boa qualidade. Tal cenário pode pressionar com mais força as cotações dos cafés remanescentes, já que, segundo dados históricos do Cepea, os preços costumam manter-se firmes até o mês de maio, quando a elevação na oferta ocasiona recuo nas cotações.

Preço firme em abril mesmo com quedas em NY e do dólar

Em abril, os futuros de café arábica recuaram na Bolsa de Nova York (ICE Futures). O contrato com vencimento em julho fechou o mês a 134,60 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 3,2% em relação ao primeiro dia de abril. A moeda norte-americana teve média mensal de R$ 1,757/US$ em abril, queda de 1,6% em relação à de março. Ainda assim, as cotações do físico brasileiro seguiram firmes, devido à baixa disponibilidade de grãos de qualidade. A média mensal do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 282,17/sc 60 kg, alta de 0,9% no mesmo período.

Fonte: Cepea

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