Informativo Café Arábica: Por enquanto, frio não prejudica grãos 2011/12
As geadas que atingiram as regiões produtoras de café no Brasil no final de junho não danificaram os grãos desta safra. No entanto, cafeicultores estão preocupados com possíveis impactos sobre a temporada 2012/13 em algumas regiões.
Até o início de julho, ainda não havia sido apurado com precisão o impacto, mas sabe-se que os efeitos da geada se restringiram às folhas, sem atingir as ramas, onde ficam os grãos a serem colhidos. Segundo produtores consultados pelo Cepea, como parte das folhas foi queimada pela geadas, a planta, ao invés de utilizar seus nutrientes para a fixação das floradas, concentrará suas forças na reposição das folhas perdidas, o que pode resultar em menor produtividade.
As regiões nas quais foram verificados danos nas folhas em função das geadas foram Sul de Minas Gerais, Garça (SP) e Noroeste do Paraná. Quanto à qualidade dos grãos da temporada 2011/12, agentes comentam que está superior à safra 2010/11. O número de grãos verdes por lote já diminuiu, e a bebida, de modo geral, é dura ou melhor – fator que foi beneficiado pela florada quase uniforme no segundo semestre de 2010. Apenas o percentual de peneira 17/18 que está aquém do esperado.
Dessa forma, a maioria dos compradores está restringindo as compras de café da safra 2010/11, visto que estes estão mais caros que os da nova temporada. Com relação à safra mundial de arábica, o USDA estima para 2011/12 colheita de 135 milhões de sacas, 2,2% abaixo da temporada anterior, que teve produção de cerca de 138 milhões de sacas.
O menor volume é confirmado pela OIC (Organização Internacional do Café), que estima produção global em 130 milhões, 2,3% menor que a da safra 2010/11. A queda na produção deve-se basicamente à bienalidade negativa da produção brasileira. Para o Brasil, especificamente, o USDA indicou que a produção de arábica deve ser de 34,7 milhões de sacas, volume superior ao indicado pela Conab, de 32,18 milhões.
Na Colômbia, o aumento é estimado em um milhão de sacas, atingindo 10,5 milhões. Os altos preços do grão, atrelados aos incentivos dados pelo governo colombiano, motivaram investimentos na cultura. Na Indonésia, contudo, a produção deve cair 15%, para apenas 7,9milhões de sacas.
Fonte: Noticias Agricolas