Índia: chuva deve atrasar entregas de arábica, dizem executivos

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As entregas de café arábica pelos produtores nos mercados locais da Índia devem ser atrasadas para o fim de novembro, em virtude do clima adverso em importantes regiões produtoras no Sul do país, de acordo com executivos da indústria.

"As entregas normalmente começam em meados de novembro, mas, neste ano, por causa da contínua umidade que prevaleceu em outubro, as entregas de arábica serão atrasadas em cerca de duas semanas", disse o presidente da Associação de Agricultores de Karnataka, K.M. Nanaiah.

Executivos da indústrias afirmaram que as regiões produtoras do país também receberam chuva nos últimos cinco dias, com os efeitos do ciclone Jal, da semana anterior. O Estado de Karnataka, no Sul da Índia, é o maior produtor do país e responde por aproximadamente 70% da produção nacional.

Os Estados vizinhos de Kerala e Tamil Nadu também são grandes produtores. O diretor de pesquisa do organismo estatal Câmara de Café, Jayarama, disse que as áreas têm recebido chuvas nos últimos dias. "Os frutos só podem cair se chover continuamente nos próximos cinco ou seis dias.

De outro modo não há motivos para preocupação", comentou. O Departamento de Meteorologia da Índia observou que as áreas de produção devem receber chuvas isoladas nos próximos dois dias, que depois diminuirão. As entregas começaram apenas nas áreas onde os frutos já amadureceram, mas a quantidade ainda é bem pequena.

O café arábica é bastante usado em cafés premium, enquanto o robusta é misturado com o arábica para opções mais baratas. Em junho, a Câmara de Café previu que a produção de arábica da Índia no ano-safra que começou em 1º de outubro cresceria 5,2% na comparação com o ano anterior, para 99,5 mil toneladas.

Mas, agora, executivos da indústria avaliam que a produção pode ser menor do que o esperado. A Câmara também estimou que a produção de café da Índia alcançaria o maior nível histórico em 2010/11, somando 308 mil toneladas. A Índia é o terceiro maior produtor de café da Ásia e exporta cerca de dois terços do total produzido.

Fonte: AgnoCafe

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