IBGE prevê baixa produção de café pelo segundo ano consecutivo em 2014

Imprimir

A safra de café a ser colhida neste ano será apenas 0,1% maior do que a do ano passado, ano de baixa produção. Segundo o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro, a produção em 2014 deve atingir 2,922 milhões de toneladas, ou 48,7 milhões de sacas de 60 quilos, consideradas as variedades arábica e robusta. Apesar de o atual ciclo ser tradicionalmente de alta produção, as estimativas para as duas variedades foram revistas para baixo em relação ao LSPA de janeiro. O café arábica conta com uma previsão 1,4% menor, enquanto a redução da estimativa para o robusta foi de 2,1%.

No caso do café arábica, que responde por 75,2% da produção total, o ano de 2014 não será de alta da produção, explicou o gerente da Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mauro Andreazzi. "É um componente fisiológico da planta, os anos pares costumam ser de alta. Mas em 2014 acabamos tendo uma inversão dessa alternância. Por isso, o ano também deve ser de baixa", disse. A previsão é de que sejam colhidas 2,197 milhões de toneladas de café arábica em 2014, ou 36,6 milhões de sacas. Esse montante representa redução de 3,2% ante 2013.

Outro problema, segundo Andreazzi, foi a erradicação de algumas plantações, reflexo dos baixos preços internacionais do café, que não remuneravam a ponto de cobrir os custos elevados da produção. Com isso, a área total ocupada pelo café arábica é 1,3% menor do que no ano passado.

A estiagem também tem contribuído para a redução nas estimativas, acrescentou o gerente do IBGE. Em Minas Gerais, o maior produtor de arábica, houve redução de 2% na estimativa entre janeiro e fevereiro. Além disso, a produção do Estado deve ser 2,3% menor do que a do ano passado. A previsão está em 1,539 milhão de toneladas. Segundo o IBGE, as altas temperaturas e o baixo volume de chuvas ocorrem justamente no período de enchimento dos grãos.

No caso do café robusta, a baixa pluviosidade não tem grande impacto, uma vez que a espécie é mais resistente. A previsão é de uma produção de 724,685 mil toneladas, 11,9% a mais do que no ano passado (mas 2,1% a menos do que na previsão de janeiro). O maior produtor, Espírito Santo, deve colher 578,205 mil toneladas (18,1% a mais do que em 2013).

Fonte: Agência Estado via Portal CNC

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *