Honduras vislumbra expansão de café com maior demanda global

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Os produtores de café de Honduras apostam no aumento da demanda global pela bebida para continuar a crescer. Atualmente, o país já é o maior produtor da América Central e o terceiro da América Latina, atrás apenas de Brasil e Colômbia. A colheita em Honduras começa em outubro e a safra está estimada em cerca de 4,6 milhões de sacas de 60 kg.

"Se o consumo mundial cresce, como afirmam os especialistas, a oferta também deve aumentar. E a produção de Honduras deve seguir crescendo para abastecer essa demanda", afirmou o vice-presidente do país, Samuel Reyes Rendon, ele mesmo pertencente à quarta geração de uma família de cafeicultores. Rendon participou na quarta-feira como palestrante do 19º Seminário Internacional de Café de Santos, em Guarujá, no litoral paulista.

Questionado se esse crescimento permitirá ultrapassar o volume da safra da Colômbia, cuja produção de cerca de 9 milhões de sacas nas últimas três safras tem ficado abaixo da média histórica, Rendon diz que se for possível superar outros países, como Colômbia, será bem-vindo, "mas não somos nós que vamos definir isso, vai ser a demanda", observou. Ele ponderou que os produtores estão muito atentos ao crescimento da demanda, "porque não queremos sofrer o que sofremos há 12 ou 15 anos, quando havia mais produção do que consumo" e os preços despencaram.

Em 2008, o governo hondurenho iniciou programa de certificação de propriedades, que no curto prazo pretende cobrir cerca de 60 mil pequenos agricultores, de um total de 110 mil propriedades dedicadas ao café. Atualmente, Honduras produz perto de 800 mil sacas de café certificado.

Nos últimos 20 anos, o café passou a ser o principal produto da pauta de exportação hondurenha, superando a banana, que decaiu por questões de comércio internacional. "Café significa distribuição de renda para pequenos produtores", explicou o vice-presidente do país. O produto representa cerca de 27% do PIB agrícola de Honduras, gerando cerca de US$ 1,2 milhão em receita com exportação.

Fonte: Agência Estado

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