Há poucos vendedores de café em Rondônia, diz corretora

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Os negócios com o café conilon (robusta) em Rondônia continuam em ritmo lento. A saca está sendo negociada a R$ 250 ante R$ 245 da semana passada, mas não existem vendedores para este valor, segundo Orlandino Ragnini Junior, proprietário da JR Corretora de Café, uma das maiores comercializadoras do grão no Estado. No mesmo período de 2012, a saca estava sendo negociada em torno de R$ 270.

De acordo com Ragnini Junior, sempre há negócios com o café, mas não no volume desejado pelo comprador. Os produtores continuam retendo o grão à espera de preços melhores. 

A maior parte do café robusta produzido em Rondônia é comercializado para os Estados de São Paulo e Paraná, e uma pequena parcela vai para a exportação, conforme Ragnini Junior.

O corretor afirma que este ano deve entrar já a partir da segunda quinzena de março uma pequena parcela de café de pior qualidade da safra 2013/14, mas o maior volume da nova temporada se concentra em abril, maio e junho.

O próximo ciclo (2013/14) está estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entre 1,388 milhão e 1,460 milhão de sacas, altas de 1,6% e de 6,8% ante a produção de 1,367 milhão de sacas registradas na safra 2012/13. A colheita no ano passado foi prejudicada pelo clima adverso.

Rondônia é o sexto maior produtor nacional de café do Brasil e o segundo maior produtor da espécie robusta. De acordo com a Conab, a produtividade média do Estado é uma das menores do país, projetada em 11,33 sacas por hectare em 2013/14 e 10,88 sacas por hectare na safra 2012/13. O rendimento baixo é explicado por vários fatores, entre eles, o sistema de cultivo pouco racional, práticas inadequadas, elevados custos de insumos e da mão de obra, baixa fertilidade dos solos, indisponibilidade de crédito.

Valor PRO
Carine Ferreira

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