Guarujá comemora Dia Nacional do Café com evento cultural

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Cerca de 50 pessoas prestigiaram o Café Lítero-Cultural promovido pela Prefeitura de Guarujá, na noite da última sexta-feira (20), no Hotel Guarujá Inn. A atividade foi organizada pela Secretaria de Cultura em homenagem ao Dia Nacional do Café, comemorado nesta terça-feira (24).

O poeta José Amilton dos Santos, conhecido como Colibri, abriu a noite cultural, declamando o poema “Ouro Verde’, de sua autoria. Na sequência, o grupo folclórico da melhor idade, coordenado por dona Dadá, brindou os participantes com a coreografia Dança do Café.

Já o Grupo Poetas Vivos reviveu o ciclo do café, com  poemas que celebram o ato de tomar o líquido como um verdadeiro ritual. Textos de Jaíra Presa e poemas de Regina Alonso foram criados especialmente para o espetáculo. Os intérpretes Rogério Dias e Rômuldo Simões, a cantora Sol Martines e o músico Arcas também compõem o grupo.

A Música Popular Brasileira e o folclore, bem como o figurino, favoreceram a contextualização e a plasticidade do trabalho do Poetas Vivos. Poemas de João Cabral de Melo Neto, Drummond e Manuel Bandeira enriqueceram a apresentação do grupo.

O Café Lítero-Cultural apresentou ainda a exposição fotográfica "O Café Nosso de Todo Dia". Bel Barbiellini e Cris Campanella retrata uma das maiores riquezas do País com imagens de momentos simples do cotidiano.

Para o secretário de Cultura, Elson Maceió, é necessário valorizar a importância histórica do café, cujo cultivo durante décadas foi a principal atividade econômica do Brasil. “Eventos como esse levam ao público, de forma lúdica, à reflexão do que representou o ciclo do café e ao que a bebida ainda representa para os brasileiros”, ressaltou Maceió.

Atividade provoca saudosismo no público

O público que compareceu ao Café Lítero-Cultural foi recepcionado com o líquido acompanhado por deliciosos biscoitos. O formato descontraído do evento agradou ao público, que entre uma apresentação e outra pode saborear a bebida. “Isso me fez voltar aos meus tempos de menina”, disse a aposentada Marilsa Ribeiro Mendes, de 74 anos.

Professora de Geografia, Marilza, que passou a infância em Piquete (MG), disse que a poesia do Grupo Poetas Vivos retrata exatamente os anos em que viveu na roça e carregava feixes de lenha na cabeça. “Vovó torrava café e depois passávamos pelo moedor manual”, relembrou a  aposentada, revelando que tomava café com “bolão de fubá e fubá gordo”. “Até hoje faço café em coador de pano, com todo o ritual de 60 anos atrás”.

A diretora de negócios, Cleusa Motta, também gostou da iniciativa. A veranista, que reside em São Paulo, contou que recebeu o convite e resolveu prestigiar o evento junto com o amigo, o engenheiro Fernando Lins. “Gostei muito, e é tudo regional”, disse Cleusa. “Para nós é novidade, pois não conhecíamos as atividades culturais da Cidade”, completou Lins.

A instrumentadora cirúrgica Glória Fleury também elogiou a atividade. “Poesia é alma. Hoje em dia está se perdendo muito isso. É uma ótima iniciativa”, lamentou Glória.

ABIC revela: 95% dos brasileiros bebem uma xícara de café por dia

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), 95% dos brasileiros, acima dos 15 anos, consomem, ao menos, uma xícara de café diariamente. O fato em si já poderia ser considerado uma homenagem a essa bebida, que é considerada a combinação perfeita de aroma e sabor.

No entanto, desde 2005, quando a data 24 de maio foi incorporada ao Calendário Brasileiro de Eventos como Dia Nacional do Café, a comemoração ganhou outra dimensão, passando a ser festejada por industriais, produtores, exportadores, cooperativas, varejo, cafeterias e por todos os apaixonados por café.

Sobre a data – A sugestão de criar o Dia Nacional do Café no mês de maio foi da Abic, porque a época marca o início da colheita na maioria das regiões produtoras do País. O objetivo das comemorações é promover, valorizar e manter viva, junto aos consumidores, a importância histórica, social e econômica do produto que é cultivado há 284 anos em terras brasileiras.

As primeiras mudas de café foram trazidas da Guiana Francesa para Belém, no Pará, por Francisco Melo Palheta, em 1727. Hoje, o café é produzido no Brasil principalmente nas cidades de Espírito Santo do Pinhal, Franca e Garça (SP); Guaxupé e Patrocínio (MG); Barreiras (BA), Jaguaré e São Gabriel da Palha (ES); Londrina (PR) e Vilhena (RO).

Fonte: ABIC  

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