Governo da Colômbia continua a creditar movimento cafeeiro a pressão política

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O governo da Colômbia informou que as ofertas concedidas nos últimos dias poderão ser as últimas para tentar pôr fim à paralisação dos cafeicultores. No entanto, continua a insistir o Executivo que, por trás do movimento, existem interesses políticos. 

Apesar do aumento dos subsídios para os cafeicultores, anunciado no início das manifestações, em algumas zonas do país a "greve" ainda continua e se argumenta que o reajuste do AIC (Apoio de Receita do Cafeicultor), que é um bônus pago para carga de 125 quilos do grão, ainda não é suficiente para resolver os problemas do setor.

Logo que foi ratificada a mobilização, o ministro do Interior, Fernando Carrillo, expressou que ficaram claros os interesses políticos por trás dessas manifestações. Em sua conta no Twitter, o dirigente da carteira política escreveu: "a direita e a esquerda extremas não estão interessadas no pequeno produtor de café".

Além disso, assinalou que a "oferta de aumento de receita do pequeno produtor não interessa aos extremos políticos, hoje unidos em bloqueio das estradas." Ao celebrar o aumento do subsídio cafeeiro, Carrillo também indicou que aos camponeses serve muito esse incremento, porém "aos extremistas nada, já que esses últimos só querem incendiar o país", ressaltou.

Dias antes, Carrillo havia lamentado que alguns dirigentes cafeeiros assumissem uma posição "intransigente, rígida e inflexível". Outro dos ministros que insistem na questão de outros interesses por trás da paralisação é o da Agricultura, Juan Camilo Restrepo, que, sem mencionar nomes, disse que se trata de uma movimentação com intenções "politiqueiras e oportunistas".

Depois do Comitê Nacional Cafeeiro, o chefe da pasta da Fazenda, Mauricio Cárdenas, assinalou, também no Twitter: "Paralisação cafeeira: não é a hora dos triunfalismos, é o momento do patriotismo".

Fonte: AgnoCafé

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