Geada destrói cerca de 4 milhões de pés de café em Campos Altos

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G1 Triângulo Mineiro com informações do MGTV 

Produtores rurais tiveram prejuízos em torno de R$1,5 milhão. De acordo com Sindicato Rural, próximas colheitas serão prejudicadas.

Produtores de café em Campos Altos, no Alto Paranaíba, tiveram muito prejuízo devido a geada que caiu sobre a cidade na segunda-feira (18). A formação de cristais de gelo nas plantas atingiu várias fazendas em uma área de pelo menos 1.200 hectares de cafezal. A estimativa do Sindicato Rural é que a geada tenha atingido pelo menos 4 milhões de pés e gerado um prejuízo que passa de R$1,5 milhão para alguns produtores.

De acordo com o produtor rural Renato Caetano Domingos, não geava com essa intensidade há cerca de 15 anos. “Foram queimados 150 mil pés de café em cerca de uma hora. É um susto, uma sensação de vazio porque é um trabalho de uma vida”, contou.

Outro produtor rural que teve a plantação afetada pela geada conta que o prejuízo também está no valor que será gasto para recuperar a lavoura. “Não prejudicou só as folhas, ou a vara do pé de café. O tronco já mostra o sinal da intensidade da geada. É difícil afirmar se ela vai ou não ter recuperação, sabemos que vai depender de muito gasto”, afirmou o produtor Antônio Carlos de Ávila.

O produtor João Ronaldo Moreira já calculou o prejuízo que vai ter com mais de 160 mil pés de café queimados pela geada. “Meu prejuízo vai ser de R$1,5 milhão. É uma situação sem precedentes. Cerca de 30 famílias dependem disso aqui, e trabalham conosco o ano todo”, desabafou.

Além do prejuízo causado esse ano, o Sindicato Rural afirma que as próximas sacas poderão ser afetadas, e que a estimativa inicial é que o município deixe de colher em 2017, 25 mil sacas de café.

De acordo com presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Altos, Wilton Antônio Dornela, as lavouras podem levar até três anos para se recuperar.  “O prejuízo é muito grande porque o produtor deixa de gastar dentro do município. A mão de obra vai acabar porque serão três, quatro anos sem o produtor produzir nada, só gastar”, lamentou.

Fonte: ABIC

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