Falta de mão de obra afeta colheita de café novamente

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A falta de mão de obra para a colheita de café traz problemas aos cafeicultores das principais regiões produtoras do país. No Espírito Santo -responsável por 25% da produção brasileira-, a escassez atrasa a colheita. Já em Minas Gerais, líder nacional e responsável pela colheita de 50% do café, a mão de obra está mais cara.

De acordo com cooperativas de cafeicultores, o problema é reflexo do aumento da escolarização da população rural, que busca trabalhos mais atrativos e de remuneração maior.

Mecanização
No nordeste paulista, a necessidade incentivou a modernização, diz João Toledo, diretor-presidente da Cocapec (Cooperativa de Agricultores e Agropecuaristas). "Colheita manual representa 60% do preço da saca do café. Com a mecanização, isso cai para 30%."

Segundo Nivaldo Antônio Rodrigues, cafeicultor de Pedregulho (437 km de São Paulo), os trabalhadores que ficaram no campo buscam a especialização para operar colheitadeiras, onde a remuneração mensal pode ficar em R$ 2.500.

O atraso na colheita traz queda na qualidade, mas não afeta os preços, diz Joaquim Neto.

Segundo ele, ainda que tardia, a colheita deverá ser feita até o fim de julho. No entanto, o atraso expõe o grão às brocas -insetos que se alimentam da polpa do café-, o que acarreta perda no volume e na qualidade do produto.

Com isso, é preciso mais grão de café para encher uma saca de 60 kg -o que representa prejuízo financeiro de 15% por saca, segundo a Cooabriel.

Fonte: CaféPoint.

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