FAEMG avalia safra anunciada pela Conab

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Ano de ciclo alto, e a terceira estimativa da Safra de Café 2016, divulgada pela Conab, na manhã de quarta-feira (21), aponta para um volume total 14,8% maior que o colhido em 2015. Maior produtor nacional, Minas deve obter uma safra 29,74% maior que a anterior. (Clique para ver o relatório na íntegra)

O estudo prevê que o país deverá colher 49,64 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado. Em 2015, foram 43,24 milhões de sacas. Quanto à área plantada, totaliza 2,22 milhões de hectares e é 1,3% menor do que a registrada em 2015.

A produção de café em Minas Gerais está estimada em 28,94 milhões de sacas na safra 2016, sendo 28,62 milhões de café arábica e 318 mil sacas de café conilon. A produtividade média do estado está estimada em 28,69 sacas por hectare, resultado, 24,65% acima do obtido na safra 2015.

Cautela

Para o diretor da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) e presidente das Comissões de Cafeicultura da entidade e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Breno Mesquita, a estimativa segue as previsões feitas ao longo do ano, em que já se projetava um volume de produção bastante mais elevado. Entretanto, ele alerta para a preocupação do setor produtivo – e que é também registrado no relatório divulgado hoje pela Conab – quanto à safra seguinte, de 2017: “Além de ser uma safra esperadamente de ciclo baixo, constatou-se que o estado vegetativo das lavouras é muito preocupante. As plantas sentiram muito os problemas climáticos dos últimos anos e, somado à safra abundante de 2016, já é possível esperar um reflexo bastante negativo na próxima colheita. Resta saber o quão menor”.

A orientação da Federação aos produtores, na opinião do especialista, será administrar bem o fluxo dessa safra alta de 2016, atentando aos custos de produção e à gestão de sua atividade. Segundo Breno, essa é a única ação que poderá render resultados para o curto prazo. Alerta porém que, mais do que isso, é preciso que o cafeicultor já se programe para o longo prazo, criando para si maior independência das inconstâncias do mercado: “Uma grande oportunidade é a produção de cafés diferenciados, comercializados fora da lógica do café commodity. O que era nicho há alguns anos hoje virou tendência, e o Brasil através da diversificação que é marca forte de sua cafeicultura, pode e deve ocupar esse espaço no cenário mundial”.

MUNDO DOS CAFÉS ESPECIAIS SE REÚNE EM BH

Da lavoura à xícara, as novidades e tendências de negócios desse universo dos cafés diferenciados são a grande atração da quarta Semana Internacional do Café (SIC), que começa hoje, 21, em Belo Horizonte.

Por três dias, o Expominas abriga vasta programação de cursos, palestras, reuniões, campeonatos e a maior feira do setor no país. A estimativa é de que essa edição do evento gere em torno de R$ 27 milhões em negócios, valor 8% superior ao registrado no ano passado. São esperados 14 mil visitantes e 165 marcas expositoras.

A Semana Internacional do Café (SIC) 2016 é uma iniciativa do Sistema FAEMG, Café Editora, Sebrae e Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais (Seapa).

Fonte: Sistema FAEMG

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