Exportações de café devem ser maiores no 1º semestre de 2013, diz Cecafé

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No acumulado do ano, os embarques totais de café somaram 22,494 milhões de sacas, queda de 18,1% sobre janeiro a outubro de 2011, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que divulgou o desempenho do setor.

A receita no período foi de US$ 5,159 bilhões ante US$ 7,048 bilhões de janeiro a outubro do ano passado, um recuo de 26,8%.

Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé, acredita que as exportações no primeiro semestre do próximo ano serão maiores que as mais de 12 milhões de sacas embarcadas na primeira metade deste ano e podem atingir cerca de 15 milhões de sacas.

A expectativa vem da mudança de alguns fatores que vinham reduzindo a disponibilidade de café. A comercialização do grão por parte dos produtores neste segundo semestre estava menor, com o cafeicultor dosando as vendas à espera de melhores preços. Além disso, foi registrada uma menor procura por café arábica brasileiro em função da substituição por robusta, mais barato. Os torrefadores internacionais também não vinham às compras por falta de crédito em virtude da crise econômica em mercados importantes, como a Europa.

Mas Braga acredita que os torrefadores já retornaram às compras, com demanda de embarques rápidos. E segundo o diretor do Cecafé, o movimento de substituição de grãos arábicas por robusta também cessou. Esses fatores podem fazer com que os cafeicultores intensifiquem a comercialização neste fim de ano. “Acredito em aquecimento da demanda e não em vendas agressivas no primeiro semestre de 2013”, afirma Braga.

As vendas externas de café em novembro e dezembro devem repetir o bom volume registrado no mesmo intervalo do ano passado, em torno de 6,1 milhões de sacas, conforme Braga. Mesmo assim, os embarques este ano devem ser menores que em 2011. Os primeiros seis meses foram fracos diante da falta de mais produto para embarcar (as exportações eram do café ainda da safra 2011/12, de ciclo de baixa). E até setembro os embarques foram prejudicados pelo clima desfavorável na colheita, que reduziu a oferta do grão, além da greve de fiscais federais.

Fonte: Valor Econômico

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