Exportações aceleradas podem levar a estoque menor de café no Brasil

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O Brasil pode ter estoques de passagem da safra 2018/2019 para a 2019/2020 de café menores que as estimativas anteriores, avaliam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O ritmo acelerado das exportações é visto como o fator determinante para essa situação, de acordo com nota de mercado divulgada nesta semana pela instituição.

No comunicado, o Cepea lembra que, em maio, o volume embarcado de café brasileiro para o exterior foi recorde para o mês, totalizando 3,5 milhões de sacas de 60 quilos e superando abril em 9,3%. Em comparação com maio de 2018, a quantidade exportada dobrou.

Em relação ao estoques, a instituição se baseia em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em maio, o órgão do governo americano reduziu a previsão para as reservas brasileiras para 3,8 milhões de sacas. A primeira estimativa para o final do ciclo 2018/2019 era de 6,8 milhões de sacas.

“A redução dos estoques será refletida especialmente em 2019/20. Com a menor produção esperada, devido, especialmente, à bienalidade negativa, e com as expectativas de que o consumo siga em alta e os embarques, em bons níveis, a oferta pode ser limitada”, dizem os pesquisadores do Cepea, na nota.

Enquanto o cenário não se confirma, o mercado brasileiro mantém a trajetória de queda neste mês, acompanhando o cenário global. A referência do Cepea para o café arábica, com base em São Paulo, acumula desvalorização de 4,88% até a quarta-feira (19/6), quando fechou em R$ 397,42 a saca de 60 quilos. Foi o segundo dia de junho com a referência abaixo de R$ 400 a saca.

No robusta, com base no Espírito Santo, principal produtor da variedade no Brasil, a queda acumulada no indicador é de 7,05% em junho. Na quarta-feira (19/6), a cotação média foi de R$ 278,22.

Fonte: Revista Globo Rural

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