Exportação mundial de café cresce 3,1% e atinge 69,5 milhões de sacas, informa OIC

Imprimir
As exportações mundiais de café atingiram 69,5 milhões de sacas de 60 kg no período de outubro de 2016 a abril de 2017, com crescimento de 3,1% em comparação com os mesmos meses do ciclo passado. As informações são do Relatório sobre o mercado de Café relativo ao mês de maio, elaborado pela Organização Internacional do Café (OIC).

De acordo com o material, o volume de café embarcado mundialmente em abril deste ano caiu 5,3% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Nesse contexto, as exportações do Brasil e Vietnã, maiores produtores de café do mundo, decresceram 13,5% e 6,9%, respectivamente.

Em relação ao preço, o relatório divulgou que o café robusta registrou maior declínio, de 5% em referência ao mês anterior, caindo abaixo de 100 centavos de dólar dos Estados Unidos por libra-peso pela primeira vez desde setembro de 2016. Os três grupos de arábica registraram quedas significativas: as médias dos preços dos suaves colombianos, outros suaves e naturais brasileiros recuaram 2,3%, 3,5% e 3,6%, respectivamente.

operador-na-bolsa-de-ny-800x445A arbitragem entre arábicas e robustas, medida nos mercados de futuros de Nova Iorque e Londres, aumentou 2,7% para 45,10 centavos de dólar dos Estados Unidos por libra-peso, permanecendo em um nível relativamente baixo. Enquanto isso, a volatilidade diária do preço indicativo composto da OIC aumentou para 6,9%, nível mais alto desde novembro de 2016.

Ainda segundo a pesquisa, os preços do café vêm caindo desde fevereiro como consequência da diminuição das preocupações com a oferta relacionadas ao clima, bem como da desaceleração geral nos mercados de commodities”. Para a OIC, “é importante notar que, pela primeira vez em três anos, os suaves colombianos foram negociados a 1,41 centavos de dólar por libra-peso, ou seja, acima do indicativo dos outros suaves”. E ainda que “este é o ponto final preliminar de um longo processo de convergência iniciado em março de 2016, quando o diferencial entre os dois grupos atingiu um pico de -12,30 centavos”.

Sobre a produção e os preços da Colômbia e países produtores da América Central nos cinco primeiros meses de 2017, o preço dos outros suaves diminuiu a uma taxa maior do que o preço dos suaves colombianos, haja vista que a Colômbia foi bem sucedida no aumento da produção por meio de programas de replantio, enquanto que os produtores de outros suaves, como a Costa Rica, El Salvador, Honduras, Guatemala, México, Nicarágua e Peru foram prejudicados pelo surto de ferrugem do café em 2012/2013, doença que teria levado à redução na oferta de outros suaves, resultando em preços mais altos e, assim, a produção de outros suaves nas demais origens se recuperou, sobretudo em Honduras e Peru.

Dessa forma, o volume das exportações de outros suaves, no período de maio de 2016 a abril de 2017 cresceu 9,4%, em relação ao ano anterior, enquanto que o crescimento observado anteriormente nas exportações de suaves colombianos se estabilizou, menciona o relatório.

Os preços indicativos compostos da OIC são calculados com base numa ‘cesta’ das cotações de grupos de café classificados pela própria organização: Colombian Milds, Other Milds, Brazilian Naturals e Robustas. Com base nessas cotações, são calculados os Preços Indicativos diários dos grupos da OIC; Arbitragem entre as bolsas de Nova Iorque e Londres; e Volatilidade da média de 30 dias do preço indicativo composto da OIC.

 

Fonte: CaféPoint

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *