Exportação de café em grão sobe 166% neste ano em Rondônia

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Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a exportação de café rondoniense não torrado, não descafeinado, em grão, subiu 166,89%, entre janeiro e setembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2014. Rondônia exportou 1.042.680 quilos, movimentando US$ 1.797.219. Em 2014, foram exportados 345.600 quilos, rendendo US$ 673.382. O café solúvel também apresentou alta de quase 170%.

O café produzido em Rondônia é vendido principalmente para Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Já o Brasil comercializou 1.156.141 toneladas de café, entre janeiro e julho deste ano, principalmente para os Estados Unidos, a Alemanha e a Itália. Esses três países importaram 555.709 toneladas.

A arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS) sobre o café como produto primário também tem subido no estado. Em 2013, foram arrecadados R$ 29,5 milhões. Em 2014, foram R$ 37,4 milhões. E neste ano, entre janeiro e setembro, já foram arrecadados R$ 37,9 milhões.

Considerando a média de arrecadação dos últimos três meses de 2014, espera-se arrecadar mais de R$ 43,7 milhões no final de 2015. Rondônia é o quinto maior produtor de café do País e o segundo de café do tipo conilon.

Segundo relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na última safra em Rondônia foram produzidas 1.709.900 sacas de café em 87.657 hectares, apresentando uma produtividade de 19,5 sacas por hectare. A meta do Governo do Estado é alcançar quatro milhões de sacas até 2018. 

Em relação à safra anterior, 2015 apresentou alta de 1,9% em área plantada, 15,7% em produção e 13,6% em produtividade. Na safra 2015, Rondônia representou 4,06% de todo o café produzido no Brasil, ficando atrás de Minas Gerais (51,86%), Espírito Santo (24,62%), São Paulo (9,1%) e Bahia (5,57%).

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), os municípios rondonienses que mais produziram na safra 2014/2015 foram Alta Floresta do Oeste (14.791 toneladas), Cacoal (11.878 toneladas) e São Miguel do Guaporé (10.161). Alta Floresta do Oeste também foi o município com maior produtividade, colhendo 1.860 kg/ha, seguido por Buritis (1.620 kg/ha) e Nova Brasilândia do Oeste (1.406 kg/ha).

QUALIDADE

Segundo a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), o estado tem condições de aumentar a produtividade por hectare, mas é necessário que produtores e viveiristas estejam atentos à qualidade sanitária das mudas utilizadas.

A gerente de Defesa Vegetal da Idaron, Rachel Barbosa, conta que os viveiros de café terão que fazer algumas adequações com o objetivo de garantir a qualidade da muda. “Este é um processo que já ocorreu em outros estados produtores de café, como Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná”, explicou.

Ela também informou que antes das adequações serem cobradas os viveiristas serão capacitados a partir da última semana de novembro, em um curso para viveiristas, em Cacoal, organizado pela Seagri em parceria com o Serviço de Apoio às micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a participação da Idaron. “Neste evento iremos discutir as mudanças para a produção de mudas”, apontou.

Uma das principais pragas do café a ser combatidas com essas medidas é o nematóide meloidogyne, praga de solo que afeta a planta, deixando-a fraca e diminuindo ou impedindo a produção de grãos, além de disseminar para o restante do solo. “O nematóide não tem tratamento. Só o tempo resolve ou o cultivo de outra cultura”, assinalou.

Fonte: Secom – Governo de Rondônia (texto de Amabile Casarin e foto de Daiane Mendonça)

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