Exportação de café caiu em agosto, mas acumulado de 2019 é o melhor em 5 anos

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As exportações brasileiras de café caíram em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas o resultado foi positivo no acumulado dos oito primeiro meses deste ano. É o que mostram os números divulgados nesta terça-feira (10/9) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e incluem café em grão, torrado e moído e solúvel.

Os embarques em agosto somaram 3,208 milhões de sacas de 60 quilos, queda de 9,5% em relação ao mesmo mês em 2018. Ainda assim, foi o segundo melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos, atrás justamente do volume embarcado em agosto do ano passado, que foi de 3,544 milhões de sacas. O faturamento foi 19,2% inferior na mesma comparação: US$ 398,42 milhões. O preço foi 10,8% menor, com a saca valendo, em média, US$ 124,18.

As exportações de café em grão somaram 2,893 milhões de sacas de 60 quilos no mês passado, retração de 8,5% em comparação com agosto de 2018. Os embarques da variedade arábica foram de 2,431 milhões de sacas e os de robusta foram de 461,683 mil sacas. No industrializado, foram 314,637 mil sacas de 60 quilos, sendo 313,807 de solúvel e 830 de torrado e moído.

Acumulado do ano
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, os exportadores de café embarcaram 26,99 milhões de sacas de 60 quilos, 30,8% a mais que no mesmo período no ano passado. De acordo com o Cecafé, foi o melhor resultado para os oito primeiros meses nos últimos cinco anos. O recorde anterior tinha sido registrado de janeiro a agosto de 2015, quando foram embarcados 23,549 milhões de sacas.

A receita acumulada de janeiro a agosto foi de US$ 3,367 bilhões, alta de 7,3% em comparação com o mesmo intervalo em 2018. Um resultado que foi obtido mesmo com a queda de 17,9% no preço, com a saca valendo US$ 124,78 na média. (veja quadro abaixo)

As remessas de café em grão totalizaram 24,320 milhões de sacas de 60 quilos no período entre janeiro e agosto, aumento de 33,5% a mais que no intervalo em 2018. Foram 21,620 milhões de sacas de arábica e 2,699 milhões de robusta. O volume de café industrializado somou 2,669 milhões de sacas, sendo 2,656 milhões de solúvel e 13,089 mil de torrado e moído.

“Os cinco principais países compradores apresentaram um aumento de 30% de volume importado no acumulado de janeiro a agosto, em relação ao mesmo período no ano passado. Isso significa que o café brasileiro vem ampliando seu espaço no exterior, recuperando o mercado e reforçando seu reconhecimento”, avalia o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, no relatório divulgado pela entidade.

Os principais destinos do café brasileiro são Estados Unidos, Alemanha, Itália, Japão e Bélgica. Em seguida, aparecem Turquia, Rússia, Reino Unido, Espanha e Canadá. De acordo com o Conselho, entre os maiores consumidores mundiais do café brasileiro, apenas o Reino Unido comprou menos em 2019.

No período de 12 meses encerrado em agosto, o Cecafé registrou exportações de 41,986 milhões de sacas de café, com uma receita de US$ 5,382 bilhões. O preço médio no período foi de US$ 128,19 a saca.

Ano-safra
Considerando os dois primeiros meses do ano cafeeiro 2019/2020 (janeiro e agosto), a entidade contabilizou exportações de 6,591 milhões de sacas de 60 quilos, 9,7% a mais que no mesmo período do ciclo 2018/2019. Foi também o melhor resultado para o intervalo nos últimos cinco anos. A melhor marca anterior do período tinha sido registrada em julho e agosto de 2018, quando foram enviados ao mercado externo 6,010 milhões de sacas.

A receita totalizou US$ 805,44 milhões, queda de 5,6% em comparação com o acumulado de julho e agosto de 2018, quando o faturamento somou US$ 853,24 milhões. O preço médio da saca de café foi 13,9% menor na mesma comparação, chegando a US$ 122,20.

(Fonte: Cecafé)

Fonte: Globo Rural

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