Expocafé: Epamig apresenta resultados de 40 anos de melhoramento do café

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Nos últimos 40 anos, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), juntamente com seus parceiros, desenvolveu 14 cultivares de café adaptadas às condições de clima e solo do estado. Dessas, a cultivar Paraíso MGH 419-1 terá destaque durante a Expocafé 2014, que será realizada entre os dias 4 e 6 de junho, na Fazenda Experimental da Epamig, em Três Pontas (MG).

O pesquisador da Epamig César Botelho irá mostrar características dessa variedade recomendada para implantação ou renovação de lavouras em regiões montanhosas. A Paraíso é imune à ferrugem, produtiva e apresenta boa qualidade da bebida, ou seja, possui características interessantes para a cafeicultura familiar. Lançada em 2003, a Paraíso foi testada nas Fazendas Experimentas e introduzida por cafeicultores em diversos municípios do Sul de Minas. “A agricultura familiar é responsável por grande parte da produção de café em Minas, portanto, o Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro também visa o cruzamento de diferentes materiais genéticos que contemplem a cafeicultura familiar”, explica.

Epamig e o café

A Epamig realiza pesquisas em cafeicultura para criar e adaptar tecnologias que possibilitem atender às necessidades do produtor rural, o que significa inclusão social, ampliação do agronegócio café, redução da desigualdade regional e aumento da produtividade em benefício da economia de Minas Gerais como um todo.
As linhas de pesquisas da Epamig sobre o café incluem temas como o preparo do solo; desenvolvimento de novas cultivares resistentes a pragas e doenças e com maior produtividade; a indicação de cultivares selecionadas; controle químico e biológico de pragas e doenças; cuidados pós-colheita, dentre outras.

“A Epamig é uma das empresas pioneiras no país em pesquisas de café. Os estudos desenvolvidos nesses 40 anos foram fundamentais para a tecnificação das lavouras e melhoria na qualidade de vida dos cafeicultores do maior estado produtor de café, além do aumento da produtividade. Em quatro décadas a média de produção aumentou de 11 para 23 sacas por hectare”, afirma o pesquisador Gladyston Carvalho, que é também coordenador do Programa de Pesquisa em Cafeicultura da Epamig.

Os estudos de melhoramento genético do cafeeiro na Epamig começaram na década de 70, após a ferrugem ser constatada na cafeicultura brasileira. A ferrugem é a principal doença da cultura do cafeeiro. Essa doença ocorre endemicamente em quase todas as regiões cafeeiras do mundo. Quando a lavoura é constituída por cultivares suscetíveis à doença, se o controle químico não for realizado adequadamente, o prejuízo é muito grande. A doença pode ser disseminada pelo vento, provoca a queda precoce das folhas e a consequente seca dos ramos, que pode reduzir a produção pela metade no ano seguinte.

Sete novas variedades melhoradas de café

O Programa de Melhoramento Genético da Epamig e instituições parceiras desenvolveram sete novas cultivares de café resultantes do cruzamento genético de algumas cultivares já conhecidas pelos cafeicultores. Essas novas cultivares estão em fase final de pesquisa e aguardam registro no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Duas delas devem ser registradas ainda em 2014.

“Cinco dessas novas variedades melhoradas são resistentes à ferrugem e atendem à cafeicultura em áreas montanhosas. As outras duas são recomendadas para a cafeicultura empresarial, com colheita mecanizada. As sete novas cultivares estão sendo testadas nas principais regiões produtoras de café de Minas Gerais”, explica Antônio Alves Pereira um dos pioneiros no estado na pesquisa de melhoramento do cafeeiro.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Epamig

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