Expectativa de grande produção no Brasil pressiona café

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Além da colheita recorde prevista neste ciclo para o Brasil, maior produtor mundial da commodity, há cada vez mais indícios de que a próxima safra também deve ser grande. Thiago Cazarini, corretor de Varginha, Minas Gerais, disse à Dow Jones que os cafezais dessa importante região produtora tiveram floradas favoráveis no último mês, o que significa "um bom potencial para a próxima temporada".

Por vários dias, as cotações foram sustentadas pelo desinteresse dos cafeicultores brasileiros em vender. Eles esperam remuneração mais alta. No entanto, torrefadoras também reduziram as compras, o que forçou a queda dos preços. O pessimismo nos mercados em geral contribuiu para as perdas. O contrato para entrega em dezembro – mais negociado – caiu 2,02% e fechou a 157,75 centavos de dólar por libra-peso.

Na mesma bolsa, o algodão fechou em baixa de 0,43%. Investidores continuam embolsando lucros após as cotações terem atingido o maior patamar em quatro meses na terça-feira da semana passada. O açúcar recuou 0,92%, com a expectativa de excedente no mercado mundial. O cacau caiu 0,79% e o suco de laranja, 0,49%.

Na Bolsa de Chicago, os preços dos grãos foram pressionados por sinais gráficos baixistas, que desencadearam vendas. O trigo caiu -1,03%, mais do que o milho (-0,57%) e a soja (-0,14%). Participantes realizaram lucros após as altas provocadas pela notícia de que a Ucrânia vai suspender as exportações do cereal.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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