Etiópia busca vender café à Ásia por causa de crise nos EUA e na Europa

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A Etiópia está buscando exportar café, sua principal fonte de divisas, para China, Japão e Rússia, por medo que se derrubem os mercados dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).

O café é a matéria-prima que a Etiópia mais exporta, o que faz com que o país dependa em grande medida de sua venda a outras nações: durante 2010/2011, o café levou ao país africano mais de US$ 841 milhões, quase US$ 300 milhões a mais que no ano anterior.

Enquanto o Governo planeja aumentar esse valor para US$ 1,5 bilhão, a frágil economia dos Estados Unidos e da UE, países que tradicionalmente compravam café da Etiópia, faz com que seu objetivo seja dificilmente alcançável, de forma que esse está se vendo forçado a buscar novos mercados.

Uma delegação de comerciantes de café e de representantes de sindicatos de agricultores foi ao Japão no começo da semana para convencer o país a recomeçar a importar café etíope. O Japão, que comprava 20% do café exportado pela Etiópia, proibiu seu comércio no país depois de descobrir produtos químicos nocivos em um dos envios do produto.

Outra delegação se dirigiu à China na semana passada para solicitar o início das exportações ao gigante asiático, enquanto que, por outro lado, a Etiópia negocia com a Rússia as condições de venda de seu café.

Até o momento, a Etiópia dedica uns 500.000 hectares ao cultivo de café, ainda que vários estudos concluam que mais de 12 milhões de hectares poderiam ser dedicados a essa produção.

A reportagem é da agência EFE, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

Fonte: CaféPoint

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