Estiagem atrasa colheita de café em Minas Gerais

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O Brasil é o maior produtor de café do mundo, responsável por 35% da produção. Com importância indiscutível na economia mundial, o grão é um dos produtos primários mais valiosos e é do sul do estado de Minas Gerais que vem a maior parte da produção cafeeira do Brasil.

Neste momento os produtores da região se preparam para a colheita do café que está quase trinta dias atrasada, em decorrência da estiagem prolongada de 2014. No início do ano, dados da Cocatrel previam quebra na safra de aproximadamente 20% em relação à safra anterior. “A estiagem foi muito prolongada, quando começou a chover o café já estava com o grão formado. Ele não granou direito e cresceu pouco”, explica Manoel Rabelo, superintendente comercial da cooperativa.

“O frio chegou ao sul de Minas Gerais e já tivemos a passagem de uma massa de ar polar sobre a região que baixou as temperaturas”, informou a meteorologista Bianca Lobo da Climatempo. Com a queda, outro fator passa a preocupar o produtor, as geadas.

Mas o inverno deste ano não será rigoroso, será normal, adianta a meteorologista. “Com a influência do fenômeno El Niño as temperaturas tendem a ficar dentro da média normal e junho deve ser um mês menos frio comparado ao mês de maio”, finaliza.

A produção mineira representa 67,7% da área plantada de café arábica no Brasil. Mesmo com atrasos, a safra em 2015 tem previsão de colher 23,3 milhões de sacas, com produtividade média de 23,97 sacas por hectare, 5,36% a mais que no ano passado. Além disso, dados da CNA apontam para crescimento de 10,3% no faturamento bruto da produção de café em relação à safra 2013/2014.

O chamado Valor Bruto de Produção, conhecido como VBP, representa a evolução do desempenho das lavouras ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto do setor. “No ano passado, a produção de café no Brasil foi de 2,7 milhões de toneladas, 6,1% a mais que a produção estimada deste ano”, informa José Garcia Gasques, coordenador de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura.

Segundo Gasques, a queda na produção do café em decorrência das secas, aliada ao aumento no consumo do café, foram os principais motivos para o crescimento no VBP, este ano. “A previsão de safra deste ano é menor e os preços ficam altos, além do fato de o consumo de café estar aumentando”, finaliza o coordenador.

Fonte: Climatempo

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