Está no nosso DNA exportar commodities, diz embaixador

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O Brasil está cada vez mais inserido no mercado internacional e enxergado como um mercado para investimentos e riqueza, no entanto, a porcentagem da participação das commodities na base de exportação do país só cresce. Diante disso, o Globo News Painel pergunta se a vocação do país é essa e com isso voltando a ser uma colônia.

Para o embaixador e vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Botafogo Gonçalves, o Brasil realmente tem a vocação para ser um exportador agrícola. “O Brasil desde 1500 sempre foi um exportador de commodities, aliás, é o único país que tem no nome uma, o pau-brasil. Está no nosso DNA exportar produtos agrícolas e minerais”, disse ele. No entanto, ele argumenta que isso não deve ser encarado como um fator negativo para o país, até porque o Brasil só se industrializou por causa do café. Além disso, Gonçalves destacou que os Estados Unidos são o maior exportador de commodities do mundo e estão longe de ser colônia de qualquer outro país.

No mesmo sentido, o também embaixador e diretor do Centro de Estudos Americanos da FAAP, Sérgio Amaral, comentou que o Brasil precisa agregar mais valor ao agronegócio para poder diversificar a base da sua economia. “Não podemos ser predominantemente um exportador de commodities, temos que desenvolver outros setores”, afirmou Amaral.

O professor de Relações Internacionais da Fiesp, Roberto Giannetti, concorda com essa ideia, mas ressaltou a importância de manter a competitividade. “Ao longo dos últimos 15, 20 anos, nós perdemos muito poder de competitividade, principalmente nos manufaturados”. Giannetti cita como razões para esse fenômeno as deficiências em infraestrutura, carga tributária e tarifas internacionais, este último por não participar de um bloco de peso no cenário global.

Fonte: Globo News

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