Equador sonha em voltar a ser fornecedor de café

Imprimir

Na última década o Equador caiu do posto de número dez para o 22 na lista dos principais exportadores mundiais de café. Também deixou de ser um país que não importava um só grão de café robusta, usado, principalmente na elaboração de solúvel, para gastar cerca de 100 milhões de dólares com as aquisições desse tipo de grão.

Existe um projeto em curso que pretende recuperar esse passado do país. Javier Villacís, diretor de ativação setorial do Ministério da Agricultura, explicou que antes de 2000, o país chegou a produzir até 500 mil sacas de robusta anualmente. Agora, produz de 200 a 300 mil quintais ao ano.

Segundo o último estudo do setor, existem cerca de 105 mil produtores e 320 mil hectares de cultivo entre arábica e robusta. O consumo da indústria é superior a 800 mil quintais (613 mil sacas), ao passo que a demanda total chega a 1 milhão de quintais (767 mil sacas). "Os baixos preços internacionais do café em anos passados fizeram com que os produtores preferissem se dedicar a outros cultivos e a indústria preferiu passar a importar cafés mais baratos", disse.

Como o setor industrial relacionado ao café segue crescendo, o governo equatoriano busca reativar a produção e reduzir o déficit comercial, que neste ano chega a 100 milhões de dólares. Um projeto do Ministério busca plantar 50 mil hectares, dos quais 30 mil seriam de robusta e 20 mil de arábica. A primeira variedade seria cultivada em Sucumbíos e Orellana e a segunda em Imbabura, Pichincha, Manabí, El Oro, Loja, Zamora e Galápagos.

Serão trabalhados vários eixos, como produção de sementes, instalação de viveiros de mudas, capacitação e integração de produtores, num projeto previsto para ser realizado em dez anos. Neste ano serão instalados os primeiros quatro viveiros, com um valor de cerca de 300 mil dólares cada, montante que será subsidiado, em 50%, pelo governo e os outros 50% serão facilitados com créditos às entidades produtoras.

Fonte: AgnoCafe

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *