Embrapa Café inicia projeto de cooperação com a Venezuela

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De 11 a 17 de setembro, o gerente adjunto técnico, Paulo Afonso Jr, esteve na Venezuela para dar inicio às ações de prospecção e dignóstico da cafeicultura venezuelana prevista no projeto de cooperação internacional “Produção de Mudas e Beneficiamento Ecológico de Café”. O projeto é parte do Acordo Básico de Cooperação Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Bolivariana da Venezuela, assinado em 2007, que contempla ainda outras culturas. A coordenação é da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa – SRI e o financiamento da Agência Brasileira de Cooperação – ABC. O objetivo é contribuir para a organização de comunidades cafeicultoras por meio do uso de tecnologias agroecológicas para a produção de mudas de variedades melhoradas e do beneficiamento ecológico em pequena escala.

“Visitamos propriedades, a maior parte em mãos de pequenos produtores, e áreas experimentais das principais regiões produtoras do ocidente e oriente do país. Como características locais e “gargalos” identificados, pode-se apontar a idade avançada das lavouras e a infestação por pragas e doenças, como a broca e a ferrugem. Foi verificado ainda ausência de manejo da lavoura e de tratos culturais adequados, o que resulta em baixa produtividade da cafeicultura local: 4 a 5 sacas por hectare, um terço da produção média brasileira”, explica Paulo.

Entre as primeiras ações previstas, estão a transferência de material genético e a capacitação de multiplicadores em propagação e técnicas de boas práticas agroecológicas para manejo da lavoura e pós-colheita, tratos culturais e controle de pragas e doenças. A Embrapa Café também vai auxiliar no planejamento experimental para verificar quais variedades são mais adequados para gerar alternativas tecnológicas que melhorem o quadro da cafeicultura local. Outra ação prevista é a sensibilização de produtores e técnicos para percepção da qualidade em café, um bem precioso hoje em dia para a sustentabilidade do negócio café em qualquer lugar do mundo.

Para a Embrapa, o projeto traz como benefícios o fortalecimento das relações internacionais Brasil-Venezuela e a troca de material genético para fortalecimento de bancos de germoplasma brasileiros com variedades de café adaptadas ao sistema produtivo sombreado orgânico/agroecológico. Segundo o gerente adjunto técnico, essa troca poderá contribuir para o desenvolvimento de novas cultivares tolerantes a temperaturas mais elevadas e à deficiência hídrica.

O projeto tem duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos, renovável automaticamente por iguais períodos, até o cumprimento do objetivo. O orçamento total é de US$ 87.081,60. “A idéia não é resolver nesse período todos os problemas encontrados, mas contribuir indicando diretrizes para que os cafeicultores da região possam seguir em direção a uma cafeicultura sustentável econômica, social e ambientalmente, com impacto significativo sobre a qualidade do produto e da vida das famílias produtoras”, completa Paulo.

Fonte: Área de Comunicação & Negócios da Embrapa Café

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