Embalagens tradicionais de café de sacarias estão sendo substituídas

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As tradicionais sacarias feitas à base de juta, que comportam 60 kg de café, utilizadas no transporte, armazenamento e exportação do produto pelo nosso País, estão sendo substituídas paulatinamente por big bags de polipropileno com capacidade de 1 tonelada e, também, por contêineres revestidos internamente com polietileno, cuja capacidade é de até 21,6 toneladas.

Esse é um dos destaques do Relatório Internacional de Tendências do Café (Vol.4 nº 11, de Jan/16), do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, uma das dez instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.

Segundo o Relatório, a previsão é que mais da metade das exportações brasileiras de 2016 serão feitas nessas duas modalidades de embalagem do café. Com os big bags e o embarque a granel em contêineres, há uma redução expressiva no custo da logística de exportação e de mão de obra, além de permitirem rapidez no carregamento e descarregamento dos grãos com a preservação da qualidade do café.

Cápsulas
Outro destaque do Bureau, que já foi divulgado no seu Relatório de dezembro de 2015, é que as cápsulas estão em fase de ascensão e são cada vez mais consumidas pelos brasileiros, o que tem levado empresas a instalarem fábricas desse produto no País. De 2013 a 2014, esse Relatório de dezembro destaca que o volume de vendas de café em cápsulas no País cresceu 52,4%. Atualmente são mais de 70 empresas atuantes nesse segmento com seus próprios produtos, frente a oito companhias que atuavam até 2014.

Com relação ainda ao consumo crescente de cápsulas de café verificado no Brasil, o Relatório aponta que pequenas e médias empresas têm percebido nos jovens um público-alvo de grande consumidor, devido ao aumento de renda e melhor nível de escolaridade. Além disso, a relação entre as marcas e esses consumidores é facilitada por meio das mídias sociais, e-commerce e outras tecnologias, que também têm contribuído para o aumento das vendas. Dessa forma, o sucesso na comercialização de cápsulas no Brasil promete crescimento ainda maior nos próximos anos, com redução de custos e praticidade em todo o processo de venda e consumo.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC mencionados no Relatório do Bureau, espera-se que as receitas desse segmento no País aumentem de R$ 1 bilhão, em 2014, para R$ 3 bilhões, até 2019. Acresce-se a essa informação que o valor agregado nas vendas atrai as torrefadoras e pequenas empresas, pois a receita obtida com as cápsulas atinge um valor em média até 30 vezes maior que os ganhos com o torrado e moído no varejo.

O Bureau estrutura suas análises em quatro grandes itens no Relatório: Produção, Indústria, Cafeterias e Insights. Em relação especificamente à produção, destaca e analisa o estado da arte dos principais países produtores da América Central, América do Sul, África e Ásia. E quanto à indústria, além de apontar que as monodoses e as cápsulas estão em fase de expressivo crescimento no Brasil, destaca também as grandes empresas que atuam nos outros continentes e suas principais estratégias de promoção e marketing. Estudos similares são feitos com as principais cafeterias e multinacionais que atuam no mundo cafeeiro nessas regiões. E os insights fazem um breve resumo/sumário dessas análises destacando os principais pontos desse Relatório que valem a pena serem conferidos.

Relatório Internacional de Tendências do Café
Faz parte do projeto "Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira", executado no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, com financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. Tem como objetivo monitorar, analisar e difundir informações e indicadores relevantes para a competitividade da cafeicultura brasileira, bem como propor soluções estratégicas para os problemas enfrentados pelo setor.

O Observatório do Café
Divulga sistematicamente, além do Relatório Internacional de Tendências do Café, do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, publicações das instituições integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café contendo dados, análises e informações sobre: levantamentos de safra de café, da Conab; Informe Estatístico do Café e Valor Bruto da Produção, do Mapa; Relatórios sobre o mercado de café, da Organização Internacional do Café – OIC; Resumos das exportações brasileiras de café, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé; portfólio de tecnologias desenvolvidas pelo Consórcio; publicações sobre tecnologias; Revista Coffee Science; dados completos sobre Safras e Estoques; pesquisa sobre Consumo e Tendências; Estatísticas, Cotações e Análises; Clipping mensal de notícias veiculadas na mídia; Imagens, Vídeos e Áudios; Rede Social do Café; Relatórios de Atividades da Embrapa Café e do Funcafé; e Sistema Brasileiro de Informação do Café – SBICafé, entre outros.

Para saber mais sobre o Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café, o Bureau de Inteligência Competitiva do Café, o Relatório Internacional de Tendências Competitivas do Café e o Observatório do Café, acesse:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/
https://www.embrapa.br/cafe
http://www.icafebr.com.br/
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias/423-dados-mundiais
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/consorcio/separador2/observatorio-do-cafe

Fonte: Embrapa

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