Em uma “terra de gigantes” a saída é apostar em nichos

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Nos últimos anos, muitas pequenas e médias empresas de café foram "engolidas" por grandes grupos que atuam no país. As grandes fusões e aquisições intensificaram-se a partir de 2003. Há um ano, como informou o Valor, as dez maiores empresas do segmento dominavam 43,1% do mercado. A fatia das quatro primeiras na época (Sara Lee, 3Corações, Melitta e Maratá) era de 60%.

Hoje, as torrefadoras de cafés especiais representam cerca de 4% do volume do grão industrializado no Brasil, ou 800 mil sacas por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A participação no faturamento do segmento chega a 14%, considerando-se o preço de venda no varejo. Em 2011, a receita dos cafés "gourmet" foi da ordem de R$ 1 bilhão, ou 14% do resultado da indústria (R$ 7 bilhões).

Para Maria Fernanda Peres Branco, consultora da P&A; Marketing Internacional, a tendência é que a sobrevivência das pequenas empresas de cafés especiais no mercado torne-se uma tarefa mais árdua, pelas dificuldades de entrada no grande varejo e porque muitos consumidores não estão dispostos a pagar R$ 40 pelo quilo do produto gourmet. Segundo ela, o aumento do consumo do grão é mais flagrante na categoria de média para baixa qualidade (cafés tradicionais). Para ela, atuação regional ou em nichos como cafeterias e padarias diferenciadas são as saídas.

Fonte: Valor Econômico

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