Em seu 3º levantamento Conab reduz produção na safra 2015

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A previsão de 42,15 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado para a safra 2015, apontada no terceiro levantamento produzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), representa uma queda de 7% em relação à produção de 2014. O resultado, que soma a produção das espécies arábica e conilon se deve também, segundo a Conab, ao período de baixa bienalidade da cultura. O estudo, divulgado nesta terça-feira (29/9), foi realizado entre os dias 2 e 15 de agosto.

Os problemas na granação influenciaram na queda em relação a estimativa anterior, de 44,28 milhões de sacas, divulgado em maio. A redução de 4,8%, o que corresponde a menos 2,1 milhões de sacas. “Essa se deve, principalmente, à queda na carga produtiva de café em coco, mensurada por ocasião da colheita, além da redução no rendimento do café no beneficiamento”, apontou o levantamento.

Arábica
A espécie arábica, que representa 74,2% da produção total do país, deve colher nesta safra 31,3 milhões de sacas, aponta a Conab. Este resultado marca uma redução de 3,1% e deve-se, principalmente, ao expressivo decréscimo de 1.534,1 mil sacas no Cerrado Mineiro e 753,9 mil em São Paulo, correspondendo a 26,8 e 16,4%, respectivamente, de queda frente à safra 2014.

As únicas regiões que apresentaram aumento na produção no estudo, foram a Zona da Mata Mineira, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. De acordo com a Conab, a Zona da Mata está em ano de bienalidade positiva e, apesar das condições climáticas adversas, a produtividade é satisfatória. No Paraná, a produção recupera-se das condições climáticas adversas, principalmente em razão das baixas temperaturas, que afetaram a safra 2014. No Espírito Santo, a produção é superior à safra anterior, mesmo sendo afetada pelas condições climáticas adversas nesta safra.

Conilon
A produção do conilon, estimada em 10,9 milhões de sacas, representa uma redução de 16,7%. Esse resultado deve-se, principalmente, à queda da produção no Espírito Santo, maior estado produtor da espécie, causada pela estiagem da safra atual. As lavouras do estado foram afetadas por déficit hídrico, elevadas temperaturas e grande insolação em dezembro de 2014, janeiro e fevereiro de 2015, período de formação e enchimento de grãos, o que levou à má formação dos grãos, menores e mais leves.

Rondônia e Bahia, segundo e terceiro maiores produtores, apresentam ganho de produção de café conilon. Em Rondônia, as condições climáticas foram favoráveis durante todo o ciclo da cultura e na região do Atlântico (BA), apesar de uma baixa restrição hídrica em janeiro/fevereiro, a produção ainda assim será superior à da safra 2014, reflexo também do ganho de área de 8,1%.

Área
Com relação à área total plantada no país (espécies arábica e conilon), o levantamento apura que totaliza 2.246,7 mil hectares, 0,4% inferior à da safra passada e corresponde à redução de 8.455,6 hectares. Desse total, 316,6 mil hectares (14,1%) estão em formação e 1.930,1 mil hectares (85,9%) estão em produção.

Com relação ao café arábica, a área plantada no país soma 1.774,1 mil hectares. Para a nova safra, houve um acréscimo de 0,1% (1.815,4 hectares). Minas Gerais concentra a maior área com a espécie, 1.181,3 mil hectares, seguido de São Paulo, com 215,1 mil hectares. Para o café conilon, o levantamento indica redução de 2,1% na área, estimada em 472,6 mil hectares. Desse total, 432,9 mil hectares estão em produção e 39,7 mil hectares em formação.

Cafe Point

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