Eleito o melhor de SP, café produzido em Caconde chega a R$ 50 o quilo

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Dois cafés produzidos em Caconde (SP) foram eleitos os melhores do Estado de São Paulo em um concurso da Secretaria de Agricultura. São grãos especiais, que podem alcançar cerca de R$ 50 o quilo.

A produção da família Rosseto venceu todos os concursos de qualidade de café em que se inscreveram neste ano. No que mais sentem orgulho, conseguiram vender uma saca por R$ 2,3 mil, cerca de 474% acima  do valor de mercado, que é menos de R$ 400.

Mas o valor não é o mais importante e sim o reconhecimento. As duas sacas premiadas já foram torradas, embaladas e vendidas e terá um destino especial. “Foi vendido para o governador, que será servido no gabinete”, afirma o produtor Moacir Rosseto.

O resultado colhido vem do trabalho familiar. “Eu que coloquei todos para trabalhar”, afirma Elza Rosseto. A filha, Alessandra Rosseto, cuida do terreno. “Aqui mexe o café, amontoa, ensaca, guarda, e o trabalho de secagem é nosso”, diz.

Para os homens, sobra todo o trabalho braçal com todo o cuidado que o café especial exige. Além disso, contam com a ajuda da natureza e da altitude. Alguns pés de café ficam a 1,3 mil metros de altura. O cafeicultor José Rosseto, aos 71 anos, está todo dia na roça trabalhando com os filhos. “Já faz uns 65 anos que eu trabalho na lavoura”, afirma.

Mas há três anos a família mudou a forma de ver o produto principal do Sítio São José. “Antes a gente só se preocupava em colher o café, hoje o objetivo é fazer um bom café”, explica Moacir.

Os pequenos grãos, ainda verdes, serão colhidos apenas em maio ou junho de 2013, mas não será negociado por um preço comum.

A família sonha em aumentar a produção e exportar ainda mais, como o vizinho, o agricultor João Hamilton. O café dele foi escolhido o segundo melhor do estado, pela segunda vez consecutiva.

O sítio dele já foi visitado por estrangeiros em busca de qualidade pelo mundo, mas a situação se inverteu e Hamilton foi dar uma volta pela Europa, para ver como o produto dele chega até o consumidor final e se surpreendeu. “Em uma das cafeterias a gente pediu o café João Hamilton, o barista serviu, contou a história de como foi feito, colhido, e quando eu me apresentei ele não acreditou”, relembra.

Fonte: G1 São Carlos e Araraquara

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