Ecobank estima exportações da Uganda em 2,7 mi/scs em 2011/12

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As exportações de café da Uganda não deverão atingir a meta do país de mais de 3 milhões de sacas de 60 quilos na safra 2011/12, devido às condições climáticas desfavoráveis durante a temporada, de acordo com o Ecobank Transnational Inc., projetando os embarques totais em apenas 2,7 milhões de sacas.

Entretanto, o banco panafricano afirma que a projeção para a próxima temporada é mais positiva, desde que progresso seja realizado, com o crescimento do cultivo de variedades resistentes a doenças e com o melhor acesso de produtores a financiamentos e insumos agrícolas.

A Uganda é o terceiro maior país produtor de café da África, atrás da Etiópia e do Quênia, e o segundo maior produtor de robusta, atrás da Costa do Marfim. Porém, dado o baixo nível de consumo doméstico, é o maior exportador do grão do continente, com a União Européia comprando a maior parte do produto, apesar do Sudão e Estados Unidos também representarem importantes mercados compradores.

O Ecobank afirma que exportações de 2,9 milhões de sacas são possíveis, caso o restante da temporada veja produção similar a colheita de 2010/11, mas um total de 2,7 milhões de sacas é mais provável, se o desempenho refletir a safra decepcionante de 2009/10.

A principal razão por trás do colapso recente das exportações do café foram as fortes chuvas em novembro, que atrasaram o início dos trabalhos de colheita do robusta nas regiões produtoras do centro e leste do país, enquanto a continuidade das chuvas em maio atrapalharam a colheita e a secagem do grãos, atrasando as entregas ainda mais.

Ainda, segundo o Ecobank, a queda nos embarques também reflete a decisão dos produtores de segurar os grãos na espera de preços melhores, com a Autoridade de Desenvolvimento do Café de Uganda (UCDA) apontando que esta tendência deverá se estender até julho, mas, apresentando um salto nas vendas durante os dois últimos meses da temporada, com a liberação dos estoques.

O banco completou que os prospectos para a Uganda são positivos, com a expectativa de produção de 3,3 milhões de sacas em 2012/13, diante dos preços mais altos do grão robusta, que encorajam o aumento das áreas de cultivo na próxima temporada. Entretanto, restrições como a ausência de fertilizantes, pesticidas e outros insumos disponíveis e acessíveis permanecem, o que enfraquece o rendimento das lavouras. As informações partem de agências internacionais.

Fonte: CNC Café via Rede Social do Café

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