Dólar fecha em alta de 0,17%, a R$ 1,76, mas acumula queda na semana

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Em um dia sem notícias relevantes na agenda, a taxa de câmbio doméstica seguiu o movimento de pessimismo no mercado de ações e fechou em nova alta nesta sexta-feira, a segunda consecutiva.

Na semana, porém, o dólar acumulou queda, graças à forte baixa registrada no início da semana, impulsionada por um grande fluxo de entrada de recursos no mercado após novidades a respeito da capitalização da Petrobras.

Nas Bolsas, os investidores mantiveram o ritmo de vendas da véspera, quando novas notícias negativas sobre os Estados Unidos deram o tom ao mercado.

Nesse cenário, o dólar comercial atingiu R$ 1,760 nas últimas operações do dia, em alta de 0,17% sobre o fechamento de quinta-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,759 e R$ 1,766. Na semana, a cotação caiu 0,68%. No mês e ano, porém, a taxa ainda acumula alta, de 0,22% e 1,09%.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo fechou em R$ 1,88, estável.

Ainda operando, a Bovespa cai 0,31%, aos 66.678 pontos. Nos EUA, a Bolsa de Nova York opera em baixa de 0,56%.

"O mercado de câmbio no geral anda muito parado, sem tendência forte de alta ou de queda, nem grandes volumes de entrada ou saída", afirmou João Carlos Reis, da corretora Prime.

O mercado hoje encontrou poucas razões para subir. Não há relatórios na agenda que possam reduzir o impacto negativo das notícias sobre a redução do ritmo de crescimento da economia divulgadas na quinta-feira. Além disso, números anunciados ontem mostraram que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA subiu para 500 mil na semana passada, atingindo o maior nível em nove meses.

No início deste ano, os investidores mostravam preocupações com o ritmo de recuperação da economia europeia, que poderia afetar a retomada global. Agora, os relatórios econômicos voltam esses temores para a economia dos Estados Unidos.

Dados mostram que o setor privado está receoso em contratar novos funcionários, por conta das incertezas sobre a força dos negócios nos próximos meses. Isso tem feito com que as pessoas se preocupem com a manutenção de seus empregos e gastem menos. Mas até que o consumo das famílias se eleve, o desemprego pode continuar alto.

JUROS FUTUROS
No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas fecharam em queda.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista passou de 10,66% para 10,65%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada foi de 10,70% para 10,68%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 11,21% para 11,17%.

Os números são preliminares e estão sujeitos a ajustes. 

Fonte: Folha de São Paulo

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