Dólar fecha a R$ 1,68 pela primeira vez desde janeiro

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O mercado de câmbio doméstico teve um dia de nervosismo acima do normal nesta quinta-feira, com fortes rumores sobre um novo pacote de medidas do governo para conter a desvalorização cambial.

Essas especulações casaram com notícias sobre um novo leilão de "swap" cambial — uma operação deixada de lado pelo Banco Central há semanas– o que deu novo impulso para as cotações, que voltaram a oscilar nos patamares do final de janeiro. No decorrer do dia, no entanto, a autoridade monetária se limitou a fazer um leilão pra compra de moeda, quando aceitou ofertas por R$ 1,6845 (taxa de corte), perto das 16h (hora de Brasília).

Nesse contexto, o dólar comercial alcançou R$ 1,686 no fechamento, emendando seu terceiro dia consecutivo de alta (0,71%), após atingir o valor máximo de R$ 1,693 no meio da tarde. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,790 para venda e por R$ 1,630 para compra.

"Até esclarecer o dito pelo não dito, o dólar subiu com mais força. Mas nós já vimos algum recuo [das taxas] perto do fechamento, e é possível que volte a cair um pouco amanhã", comenta Luiz Fernando Moreira, da mesa de operações da corretora Dascam.

Como publicado ontem pelo BC, o fluxo cambial do país (a diferença entre saídas e entradas de dólares) já chega a US$ 30 bilhões, superando com folga todo o volume contabilizado em 2010.

Mas o cenário externo, principalmente no Japão, continua complicado, sendo um fator de pressão constante sobre os mercados. Hoje, as Bolsas tiveram um dia de trégua, com notícias um pouco mais tranquilizadoras sobre os problemas nas usinas nucleares daquele país.

Ainda aberta, a Bovespa sobe 0,30%, aos 66.197 pontos, com um giro de R$ 5,02 bilhões. Já a Bolsa de Nova York avança 1,24%.

A moeda japonesa, que atingiu ontem sua maior cotação frente ao dólar desde a Segunda Guerra Mundial, cedeu para US$ 78,80 nesta quinta-feira. O euro retomou a marca de US$ 1,40 pela segunda vez neste ano. Ontem, a moeda europeia foi negociada por US$ 1,3951.

JUROS FUTUROS

As taxas projetadas no mercado futuro de juros ficaram praticamente estáveis na jornada de hoje, com exceção da forte alta vista nos contratos de prazo mais longo.

A taxa projetada no contrato para julho foi mantida em 11,98% ao ano; para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de de 12,31% para 12,32%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada avançou de 12,74% para 12,82%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha Online

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