Dólar dispara a R$ 3,84, na máxima em quase 13 anos

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O dólar não cansa de subir e renova sucessivas máximas em quase 13 anos frente ao real nesta sexta-feira, em uma sessão marcada pelo baixo volume de negócios e pelo ambiente negativo nos mercados internacionais.

A demanda por proteção aumenta também por causa do fechamento dos mercados nos EUA e no Brasil na segunda-feira. O real é a moeda que mais cai nesta sessão e no acumulado da semana.

 

Às 14h24, o dólar comercial subia 2,03%, a R$ 3,8352. Na máxima, foi a R$ 3,8433, maior patamar intradia desde 29 de outubro de 2002, quando bateu R$ 3,8600. Dezenove dias antes, o dólar alcançou a máxima histórica do Plano Real de R$ 4,0050.

No mercado futuro, o dólar para outubro avança 2,54%, a R$ 3,8700, depois de alcançar R$ 3,8750.

O euro comercial se apreciava 2,53%, a R$ 4,2874, após bater uma nova máxima recorde de R$ 4,2929.

No exterior, o dólar subia 2,07% ante o rand sul-africano, 1,30% contra a lira turca e 0,72% frente ao peso mexicano.

Segundo o operador de câmbio de um banco dealer, os problemas do lado fiscal, a sensação de crise econômica mais duradoura e profunda e o embate político longe de um fim dão impulso extra ao dólar, já pressionado pela aversão a risco nos mercados lá fora.

“O dólar está subindo no mundo todo, mas não é de agora que o real tem apanhado bem mais que as outras divisas. Acho que o BC precisa passar um sinal que interrompa essa espiral negativa”, diz.

Fonte: Valor Econômico (José Castro)

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