Divergências ainda cercam safra de café

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Apesar de a expectativa em torno de uma grande produção brasileira na safra 2012/13 ter colaborado para a queda de quase 23% das cotações dos contratos futuros de segunda posição (normalmente os de maior liquidez) de café na bolsa de Nova York em 2012, especialistas ainda acreditam que a colheita deverá ser menor que a esperada pelos mais otimistas. Reunidos no seminário da BM&FBovespa;, ontem, em São Paulo, alguns analistas acreditam que a safra pode ser menor do que as 55 milhões de sacas de 60 quilos previstas pela onda "baixista" que afeta as cotações em Nova York, e se aproximar mais das estimativas da Conab, de colheita de 50,4 milhões de toneladas.

Para a exportadora Valorização Empresa de Café a safra brasileira será de 52,4 milhões de sacas e, segundo o executivo da empresa, Luiz Otavio Araripe, entre as outras exportadoras do setor, o número mais consensual é de 53,9 milhões de sacas. A associação mineira Procafé prevê de 46 milhões a 48 milhões de sacas.

No mercado externo, as apostas seguem baixistas. Segundo Araripe, até o dia 15 havia 18 mil contratos de fundos vendidos em café. O número, segundo ele, é próximo do recorde histórico de posições vendidas (quando existe aposta na queda do valor do produto) em Nova York.

Sem fazer previsões para o Brasil ou para a oferta global, Eduardo Carvalhaes, analista de mercado do Escritório Carvalhaes, avalia que existe um "precário equilíbrio" entre oferta e demanda mundiais, o que não é "visto pelos operadores de bolsa". "Esses operadores só enxergam o curto prazo. E no curto prazo não haverá falta de café".

Fonte: Valor Econômico

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