Dia do Café passa em branco em Varginha

Imprimir

Se fosse um país, o Sul de Minas seria o maior produtor de café do mundo. Daqui sai 50% da safra nacional de grãos. Está no Sul de Minas o café mais caro e várias das melhores bebidas do mundo. Localizada na principal área produtora de café do país, Varginha é das maiores praças de comercializaçao de café do brasil, com fábricas de torrefação, solúvel, empresas de corretagem e inúmeras exportadoras , além de vários armazéns gerais. Tem um Porto Seco, uns dos principais mecanismos para a exportação do produto. Esses motivos bastam para identificar Varginha como cidade que respira e precisa do café.

Entretanto, nos últimos anos, Varginha não explora o título de capital do café. Um motivo foi a história do ET de Varginha. A partir de janeiro de 1996, a cidade pareceu se preocupar mais com o turismo ufológico do que em explorar seu real produto que é o café. Entre 1993 e 1996, a cidade sediou o Intercoffee, um evento internacional que reuniu, em Varginha, as principais lideranças da cafeicultura mundial. Há cinco anos, a cidade perdeu para a vizinha Três Pontas a chance de sediar a Expocafé.

O secretário municipal de Café e Agricultura, Alberto Mário Lúcio diz que a prefeitura vai a Brasília constantemente, para tentar sensibilizar o presidente e ministros da importância da economia cafeeira. “É a única coisa que a prefeitura pode fazer, já que até agora o governo não deu nenhum retorno após o SOS Café, realizado ano passado”.

Tribuna

Na próxima quarta-feira (14), quando se comemora o Dia do Café, não haverá nenhuma atividade em Varginha. Nem prefeitura, nem cooperativa farão qualquer movimento. Mesmo sem apoio oficial, o presidente do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), Archimedes Coli Neto, tenta levantar a bandeira de promover a cidade como a capital do café. 

Nesta segunda-feira (12) ele ocupa a Tribuna Livre da Câmara Municipal. Vai falar sobre a importância do café na cidade. “É inadmissível que o principal produto de Varginha fique relegado a segundo plano”. Archimedes diz que a cidade recebe constantemente empresários do café de vários países. São milhares de pessoas que trabalham e vivem em torno do café, na cidade e região.

Um especialista em marketing cafeeiro disse ao Blog que o sucesso do movimento que Archimedes pretende implantar depende da identidade que o grupo deseja criar. “Todo movimento é válido, desde que seja feito de forma planejada e estruturada”. 

* Marcus Madeira

Fonte: Folha de Varginha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *