Deputado Evair de Melo contesta posição de ministra sobre importação de café

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A intenção da ministra da Agricultura é ótima, mas o caminho da importação é um equívoco. Essa a avaliação do deputado Evair de Melo (PV-ES) sobre a posição da ministra Kátia Abreu em relação à importação de café, publicada por esta coluna na quarta-feira (1º).

A ministra defendeu que a importação de café não deve ser um tabu e que quem é produtor competitivo não pode ter medo de outros mercados.

Melo diz que a busca de um café com qualidade, marca e indicação geográfica é salutar, mas que a importação do café verde não traz vantagens para o país. 

A importação visa apenas as indústrias, sem nenhum benefício para o produtor, segundo ele.

Quando se refere à falta de agregação de valor e à presença brasileira em outros mercados, Melo diz que "erramos no processo histórico, mas não é o produto de outras origens que vai trazer valor agregado para o nosso mercado".

Melo entende que antes deverá ser feito o dever de casa, que inclui uma política industrial clara para para a valorização das marcas.

O Chile não faz vinho com matéria-prima importada, nem a França produz queijo importando leite, diz ele.

Ou seja, o Brasil produz cafés de aromas e sabores suficientes para o desenvolvimento de um bom produto.

Além desses problemas comerciais e industriais, o deputado destaca o risco fitossanitário. As pragas poderão vir não apenas para o café mas também para feijão, mamão e cacau.

Apesar da posição contrária à da ministra, ele diz que o debate é sempre bem-vindo. "O café está muito frio, e é preciso esquentá-lo."

Fonte: Folha de S. Paulo via Revista Cafeicultura

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